VITÓRIAS SOCIALISTAS E DERROTAS DA NATUREZA

Correio da Manhã Canadá

A 1 de maio de 1886 uma greve em Chicago iniciada por operários que procuravam conquistar melhores condições de trabalho, principalmente a redução da jornada diária, levou a que nesse dia se assinale em grande parte do mundo o Dia Internacional do Trabalhador (Em Portugal, um bom dia para ir à praia). As lutas por melhores condições de trabalho prosseguiram desde então, sendo apenas silenciadas em períodos de Grandes guerras.

As reivindicações têm vindo a mudar, algumas ouvidas pelos governantes, outras ignoradas com veemência e apenas recordadas em época de campanha eleitoral com promessas vãs que em geral não passam disso mesmo (não importa o país ou o lado do espectro político).

Em Portugal, no entanto, está em curso uma medida que protege as mulheres que tendo profissões de risco procuram ser mães. As licenças por trabalho noturno ou nocivo vão passar a ser pagas na totalidade. Uma notícia que surge num ano em que a taxa de nascimentos aumentou nos primeiros meses na Pátria Lusa. Sinais, talvez, de que a crise já lá vai e de que as gerações ainda podem ser renovadas. Talvez ainda haja esperança para a segurança social, a reforma e tantas outras conquistas dos trabalhadores.

À beira de maio deveriam chegar as andorinhas e brotar flores, mas a lenta e tardia subida da temperatura trouxe desgraça ao Canadá, com cheias e derrocadas avassaladoras em algumas das províncias.

A mesma sorte para Moçambique, que depois de um ciclone arrasador, enfrentou as epidemias e luta agora (com as poucas forças que lhe restam) contra cheias que destroem as precárias habitações e são mais uma desculpa para a morte se manter por lá.