A Europa enfrentou durante o fim de semana que passou uma onda de calor que bateu recordes históricos. As temperaturas estiveram acima dos 45 graus em 16 das 96 estações de medição em Portugal Continental.
De acordo com o Instituto Português do Mar e da Atmosfera no sábado foram batidos recordes históricos de temperatura máxima em 26 estações desde que há medição, tornando-se também o dia mais quente em algumas regiões desde os últimos 18 anos. A meio da vaga de calor os bombeiros combatiam um incêndio florestal em Monchique, no Algarve.
Na região de Cascais uma sobrecarga na rede de energia devido ao uso intenso de aparelhos de ar condicionado levou a um apagão na noite de sexta-feira. Em Espanha, foram pelo menos três mortos. Em Viena, apesar dos termómetros marcarem apenas 34 graus, os cães polícias usavam proteções nas patas, pois as superfícies expostas ao sol poderiam atingir os 50 graus.
Na Holanda as autoridades tiveram de fechar algumas estradas devido ao calor ter derretido o asfalto. Quatro reatores nucleares em França foram também fechados por causa do calor. O trânsito devido ao início de férias de vários emigrantes criou engarrafamentos de mais de 670 quilómetros.
Na Suécia, após o mês de julho mais quente dos últimos 250 anos, a chuva aliviou o país no sábado. As previsões indicavam que a onda de calor iria diminuir com o início da semana e assim foi. Mas se na Europa os alertas vermelhos acabaram por desaparecer na segunda-feira, no Canadá o calor continua.
Mais de 100 alertas devido ao calor extremo estavam ativos por todo o país no início da semana. Em Halifax não fazia tanto calor desde 1876. Especialistas indicam que este sobreaquecimento, não apenas da Europa e do Canadá se deve a uma onda de calor a nível global e é esperado que as temperaturas altas continuem até ao final de agosto.