SOCRATES EXPLICA FORTUNA COM HERANÇA DA MÃE

A viver em Paris, José Sócrates gasta uma média de 15 mil euros mensais. (MARILINE ALVES)
A viver em Paris, José Sócrates gasta uma média de 15 mil euros mensais. (MARILINE ALVES)
A viver em Paris, José Sócrates gasta uma média de 15 mil euros mensais. (MARILINE ALVES)
A viver em Paris, José Sócrates gasta uma média de 15 mil euros mensais.
(MARILINE ALVES)

José Sócrates explica a vida luxuosa em Paris e a compra do seu apartamento no Edifício Heron Castilho, na rua Braamcamp, em Lisboa, com um empréstimo de 120 mil euros e com a fortuna herdada pela mãe, Maria Adelaide Monteiro.
Em declarações ao ‘Expresso’, José Sócrates garante que a mãe apenas comprou a segunda casa, no seu prédio, recorrendo a um paraíso fiscal nas Ilhas Virgens Britânicas, porque “a senhora que vendia, acho que era estrangeira ou ligada ao estrangeiro, tinha a casa numa propriedade offshore”, a Stoldberg Investments Limited. E questiona: “Que culpa tinha a minha mãe?”.
Segundo as declarações disponíveis no Tribunal Constitucional, que o CM consultou, o ex-primeiro-ministro e ex-líder do PS obteve rendimentos acumulados de 1,19 milhões de euros entre 1995 e 2010, a que se somaram cerca de 50 mil euros por seis meses de salário, despesas de representação e subsídios de férias em 2011.
Já em 2012, o ex-primeiro-ministro do PS declarou às Finanças 44 mil euros de rendimentos em 2011, um montante que chega para sustentar apenas três meses de vida em Paris, onde o ex-primeiro-ministro estava a viver gastando uma média de 15 mil euros mensais.
Na declaração de rendimentos que Sócrates entregou ao Fisco consta apenas o vencimento dos seis meses de 2011 em que exerceu o cargo de chefe do Governo, até 20 de junho, cerca de 44 mil euros.
Porém, Sócrates adiantou ao ‘Expresso’ que pediu em 2011 “um empréstimo ao banco de 120 mil euros” para ir viver em Paris “um ano sem nenhuma responsabilidade”. Mais: “Gastei o dinheiro todo. Assim fui para Paris, em vez de, mais uma vez, pedir dinheiro emprestado à minha mãe”.
Sobre a fortuna da mãe, acrescenta: “Quando o meu avô morreu, a minha mãe herdou uma fortuna, muitos prédios, andares, que ainda hoje ela não sabe o que fazer com eles”. Sobre a mudança da mãe para o seu prédio, em Lisboa, Sócrates também faz questão de dar pormenores. “A minha mãe vivia em Cascais, numa moradia, e quando o cão dela morreu sentiu-se sozinha e veio para Lisboa. Vendeu a casa de Cascais e comprou o andar por cima de mim”, recorda Sócrates, adiantando ainda que quem geria a fortuna da mãe era o irmão, que morreu.