SEIXAL QUER REALOJAR MAIS 74 FAMÍLIAS DO BAIRRO DA JAMAICA AINDA ESTE ANO

LusaSeixal, Setúbal, 11 set (2019) — O presidente da Câmara do Seixal adiantou hoje que está a “meio caminho” a compra de habitações para realojar 74 famílias que vivem no Bairro da Jamaica, o que espera que possa acontecer “ainda este ano”.

Em declarações à agência Lusa em Vale de Chícharos, mais conhecido como Bairro da Jamaica, no Seixal, distrito de Setúbal, Joaquim Santos (CDU) explicou que, neste momento, o município ainda não tem todas as habitações necessárias para realojar as 74 famílias que residem nos edifícios inacabados.

“O mercado imobiliário está muito dinâmico, os preços subiram de forma significativa, a portaria que define os valores máximos de comparticipação estão a ficar cada vez mais distantes daquilo que são os preços de mercado e toda a questão relacionada com o Tribunal de Contas. É um processo complexo e eu diria que estamos a meio caminho para conseguir realojar [de três edifícios] mais 74 famílias, mais de 200 pessoas”, explicou.

Ainda assim, segundo o autarca, o objetivo é que esta segunda fase de realojamentos se concretize “ainda este ano”.

“No ano passado também conseguimos mesmo no final, em dezembro, antes do Natal. Estamos a tentar cumprir esse objetivo”, frisou.

Em 20 de dezembro do ano passado terminou a primeira fase de realojamentos dos moradores do lote 10, em que 187 pessoas foram distribuídas por 64 habitações em várias zonas do concelho, segundo a Câmara Municipal do Seixal.

O acordo para a resolução da situação de carência habitacional neste bairro foi assinado em 22 de dezembro de 2017, numa parceria entre a Câmara do Seixal, o Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana e a Santa Casa da Misericórdia do Seixal.

No total, a cooperação visa o realojamento de 234 famílias e tem um investimento total na ordem dos 15 milhões de euros, dos quais 8,3 são suportados pelo município.

O bairro começou a formar-se na década de 90, quando populações que vinham dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) começaram a fixar-se nas torres inacabadas, fazendo puxadas ilegais de luz, água e gás.

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