RENAMO ABANDONA EXIGÊNCIA DE GOVERNO DE GESTÃO E VOLTA A INSISTIR EM REPÚBLICA AUTÓNOMA

LusaQuelimane, Moçambique, 24 jan (Lusa) – O líder da Renamo, Afonso Dhlakama, disse hoje que o seu partido já não quer discutir a criação de um governo de gestão em Moçambique, mas controlar as províncias onde ganhou as últimas eleições através de uma república autónoma.

“Já estamos a abandonar a possibilidade de constituirmos um governo de gestão”, afirmou Afonso Dhlakama à Lusa, em Quelimane, após um comício na capital da província da Zambézia, no dia em que expirava o prazo de uma semana dado pela Renamo (Resistência Nacional Moçambicana) ao executivo moçambicano para atender à sua exigência.

“Já que tomaram posse [os membros do novo Governo], não vamos dizer ‘gestão, gestão, gestão’, há alternativa. Ganhámos, apesar de ter existido fraude, em Sofala, Manica Tete, Nampula, Zambézia e Niassa, que vão perfazer um região autónoma”, declarou o presidente da Renamo, sustentando que esta medida “não fere a Constituição” e enquadra-se na descentralização da administração do Estado.