DOENTE EM COMA “CORRE” 5 HOSPITAIS

Ana Clemente, irmã da vítima, está indignada (RUI MIGUEL PEDROSA)
Ana Clemente, irmã da vítima, está indignada (RUI MIGUEL PEDROSA)
Ana Clemente, irmã da vítima, está indignada (RUI MIGUEL PEDROSA)
Ana Clemente, irmã da vítima, está indignada
(RUI MIGUEL PEDROSA)

Um doente em coma, vítima de atropelamento, foi transferido dos Hospitais da Universidade de Coimbra(HUC), onde estava internado, para o Hospital de Santarém, que lhe recusou acesso por não ser da área de residência. Daí, seguiu para Torres Novas, onde também não foi admitido; depois para Abrantes e daí para Tomar, onde finalmente deu entrada. Neste percurso, de 262 quilómetros, demorou oito horas e passou por três ambulâncias.
A família do doente, Nuno Clemente, de 42 anos, motorista residente em Louriceira, Alcanena, está indignada, tanto mais que só foi avisada da sua saída de Coimbra “quando a ambulância já ia em trânsito para Santarém”, disse ontem ao CM a irmã, Ana Clemente, que já denunciou o caso avárias entidades públicas da área da Saúde.
“O meu irmão estava na Neurocirurgia dos HUC e na quinta-feira da semana passada, véspera da transferência, a minha cunhada foi avisada de que iria para uma enfermaria, mas não para outro hospital,” contou Ana Clemente, acrescentando que, na sexta-feira, pelas 10h30, “a enfermeira que ia na ambulância telefonou a dizer que já estavam em trânsito para Santarém”.
Contactados pelo CM, os responsáveis dos cinco hospitais dizem que cumpriram os procedimentos. Coimbra afirma que a saída do doente foi precedida de um “contacto entre médicos”, o que Santarém nega ter existido. Em Torres Novas não há Urgência Médico-cirúrgica e em Abrantes não havia cama.