Ex-dirigente é acusado de vários crimes, incluindo o de peculato
O antigo dirigente comunista chinês Bo Xilai admitiu ontem pela primeira vez, ao terceiro dia do seu julgamento, “parte da responsabilidade” no desvio de fundos públicos.
“Reconheço que errei e que este meu erro se reflectiu negativamente na imagem do partido e do Estado”, afirmou Xilai, negando, no entanto, ter sido ele a desviar cinco milhões de yuans (612 mil euros), atribuindo o desfalque à sua mulher, GuKailai. “Sinto-me envergonhado”, declarou, para logo reconhecer ter sido negligente porque deveria ter feito algo para repor o dinheiro. “Podem dizer que tive intenção de desviar o dinheiro? Não”, acrescentou. Xilai é acusado de peculato, suborno e abuso de poder.
Outrora uma das ‘estrelas’ em ascensão do círculo do poder chinês, Xilai, de 64 anos, confessou que manteve um caso extramatrimonial e que a mulher o denunciou para escapar à pena de morte pelo homicídio, em 2011, do empresário britânico, Neil Heywood.