CASO BPN: CARTA SECRETA A OLIVEIRA E COSTA

Manso Neto, administrador da EDP Renováveis, à saída do tribunal no Palácio da Justiça
Manso Neto, administrador da EDP Renováveis, à saída do tribunal no Palácio da Justiça
Manso Neto, administrador da EDP Renováveis, à saída do tribunal no Palácio da Justiça
Manso Neto, administrador da EDP Renováveis, à saída do tribunal no Palácio da Justiça

Manso Neto admitiu ontem ao juiz do Tribunal de Lisboa ter conhecimento das irregularidades no BPN mas não informou o Banco de Portugal.
O atual presidente da EDP Renováveis, João Manso Neto, admitiu em tribunal que enviou uma carta secreta a José Oliveira e Costa, ex-presidente do BPN que se encontra a aguardar julgamento. Ouvido ontem no Palácio de Justiça, em Lisboa, como testemunha, pelo seu envolvimento no caso BPN, enquanto administrador do banco, Manso Neto teve de explicar ao coletivo de juízes o conteúdo da carta confidencial.
Os factos remontam a 2002, data em que Manso Neto era administrador do BPN e ocupava cargos na administração da Sociedade Lusa de Negócio (SLN). Na carta, descreve com detalhe todos os problemas que afetavam o funcionamento do banco. Na missiva escrita à mão, e assinada, pode ler-se: “Não lhe envio todo o documento por precaução”. A frase suscitou dúvidas ao coletivo de juízes que questionou o motivo de não serem conhecidos os documentos alegadamente anexos à carta. Sobre esta questão, Manso Neto disse não se recordar dos factos e remeteu-se ao silêncio.
No final da audiência Manso Neto reconheceu que “sabia do que passava no BPN mas decidiu não fazer queixa ao Banco de Portugal”. O ex-administrador disse ainda que hoje “está arrependido” e que não voltaria a fazê-lo.