ACHA QUE OS ARTIGOS DE MERCEARIA FICARAM MAIS CAROS? ESPERE NOVO CHOQUE EM 2016

O Prof. Sylvain Charlebois, nesta foto de divulgação sem data, é autor do relatório sobre o preço dos alimentos (2016), o sexto relatório anual do Instituto de Alimentos da Universidade de Guelph. THE CANADIAN PRESS/HO
O Prof. Sylvain Charlebois, nesta foto de divulgação sem data, é autor do relatório sobre o preço dos alimentos (2016), o sexto relatório anual do Instituto de Alimentos da Universidade de Guelph. THE CANADIAN PRESS/HO
O Prof. Sylvain Charlebois, nesta foto de divulgação sem data, é autor do relatório sobre o preço dos alimentos (2016), o sexto relatório anual do Instituto de Alimentos da Universidade de Guelph. THE CANADIAN PRESS/HO
O Prof. Sylvain Charlebois, nesta foto de divulgação sem data, é autor do relatório sobre o preço dos alimentos (2016), o sexto relatório anual do Instituto de Alimentos da Universidade de Guelph.
THE CANADIAN PRESS/HO

Os executivos de cadeias de supermercados advertiram que não há alívio imediato à vista do aumento dos custos de alimentos e de um loonie (moeda canadiana) enfraquecido que levou a preços mais altos, e os autores do relatório sugerem que os consumidores terão de lidar com mais aumentos no próximo ano.

O Instituto de Alimentação da Universidade de Guelph estima que o agregado familiar canadiano médio gastou um valor adicional de $325 em alimentos este ano. Em cima disso, os consumidores devem esperar um aumento anual adicional de $345 em 2016.

Visto que 81 por cento de todos os legumes e frutas consumidos no Canadá são importados, estes são altamente vulneráveis às flutuações cambiais. Prevê-se que estes venham a aumentar de preço em quatro-4,5 por cento no ano novo.

“Isso significa que, essencialmente, as famílias terão de gastar mais nesses dois itens sem muitas opções, infelizmente”, diz Sylvain Charlebois, principal autor do sexto relatório anual da Universidade sobre o preço dos alimentos.

O estudo faz notar que os meteorologistas estão a apontar o El Nino como um “fator significativo” em 2016, causando mais chuva em áreas de produção dos EUA.

Os preços da carne, que subiram cinco por cento no ano passado, devem aumentar mais 4,5 por cento em 2016; peixes e frutos do mar poderão aumentar em até três por cento; e os produtos lácteos, ovos e grãos poderão ter um aumento de dois por cento.

No mês passado, o presidente do grupo Loblaw Companies Ltd., Galen Weston, alertou numa teleconferência com investidores que a inflação dos alimentos é difícil de prever.

Ao resumir os lucros do quarto trimestre da sua empresa, Metro Inc., o presidente Eric La Fleche sinalizou aos investidores que os custos mais altos dos alimentos serão inevitavelmente transferidos para os consumidores, tanto quanto permite a concorrência.

Em face disso, a Organização para a Alimentação e Agricultura das Nações Unidas declarou 2016 o Ano Internacional dos grãos de leguminosa – o que é importante para o Canadá como um dos maiores produtores mundiais de leguminosas (lentilhas, grão de bico, feijões, ervilhas secas) – Charlebois espera que haja mais ênfase sobre as alternativas de proteínas mais baratas.

Getty Stewart, um economista de Winnipeg, sugere que os consumidores mais afetados pelo aumento dos preços explorem mais receitas com grãos de leguminosas acessíveis.

Os consumidores também podem fazer um esforço para reduzir o desperdício de alimentos, que se estima seja muito mais caro do que a inflação dos alimentos.

Um relatório no ano passado pela Provision Coalition, um grupo de advocacia para a indústria de alimentos e bebidas, usou dados e outros estudos da Statistics Canada para estimar que a média dos resíduos domésticos equiparava-se a um valor de $1.500 de alimentos por ano.

Algumas outras dicas de Stewart para lidar com o aumento dos custos dos alimentos:
– Em vez de comprar morangos no inverno, quando o preço é maior e a qualidade é inferior, atenha-se às peras, laranjas, toranjas e romãs sazonais.
– Produtos enlatados e congelados podem ser grandes alternativas quando um determinado fruto ou vegetal regista um aumento do preço.
– Experimente novas receitas usando os vegetais de raiz como abóbora, nabo, cenoura, beterraba e batata-doce.
– Escolha pedaços de carne mais baratos que podem ser cozidos, marinados, assados ou preparados em lume brando.
– Cortar no café mais caro, refrigerantes, doces, biscoitos e salgadinhos e gastar esse dinheiro em calorias mais saudáveis.

Fonte: Citynews