Nova Iorque, 19 dez 2025 (Lusa) – A bolsa nova-iorquina encerrou hoje em alta, graças a uma reanimação do interesse dos investidores pelos conglomerados tecnológicos, depois de uma série de boas notícias para o setor.
O resultado da sessão indica que o índice tecnológico Nasdaq avançou 1,31%, o alargado S&P500 progrediu 0,88% e o seletivo Dow Jones Indstrial Average ganhou 0,38%.
“Os investidores procuram terminar o ano 2o25 em beleza, ao lançarem-se sobre as ações tecnológicas”, observou Jose Torres, da Interactive Brokers.
“Reagiram positivamente aos resultados financeiros da Mícron, que contribuíram para apaziguar um mercado que esteve instável na semana passada”, comentou Patrick O’Hare, da Briefing.com, em declarações à AFP.
Aquele fabricante de semicondutores continuou a beneficiar da publicação de bons resultados trimestrais, na quarta-feira, e de previsões financeiros acima das expectativas e encerrou a valorizar 6,99%.
Em paralelo, o conglomerado dos centros de dados, a Oracle, beneficiou da confirmação do seu envolvimento numa nova empresa, que vai coordenar as atividades da TikTok nos EUA e, assim, evitar a interdição da rede social no país, e fechou a sessão a ganhar 6,87%.
“Tudo isto foi hoje claramente um fator favorável e as empresas com mega capitalizações voltaram a fazer prova de dinamismo”, disse Patrick O’Hare.
As ‘Sete Magníficas’, designação dos conglomerados tecnológicos, fecharam quase todas com ganhos, como Nvidia (+3,93%), Alphabet (+1,55%), Apple (+0,54%) e Microsoft (+0,40%).
Quanto à macroeconomia, a praça bolsista “apreciou” os “bons números” do índice de preços no consumidor relativo a novembro, divulgados na véspera, que mostraram um arrefecimento, dado que os 2,7% agora conhecidos são inferiores aos três por cento anteriores, considerou O’Hare.
Esta informação aumenta a margem de manobra da Reserva Federal (Fed) para baixar a taxa de juro de referência, na opinião de alguns analistas.
“Mas, para ser honesto, há razões para questionar a pertinência destes números”, avançou O’Hare.
Com efeito, os números agora conhecidos podem ter sido afetados pelo ‘shutdown’ (encerramento de agências e serviços governamentais devido ao impasse vivido no Congresso relativo à aprovação do Orçamento de Estado), que suspendeu o trabalho dos serviços estatísticos oficiais entre 1 de outubro e 12 de novembro.
A propósito, John Williams, presidente do banco da Fed em Nova Iorque e um dos dirigentes mais influentes no banco central dos EUA, considerou hoje mesmo que a inflação não teria baixado tanto como estes números o indicam.
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