Wall Street fecha com novos recordes do S&P500 e Nasdaq e perda do Dow Jones

Nova Iorque, 23 jul 2025 (Lusa) – A bolsa nova-iorquina fechou hoje com novos recordes dos índices S&P500 e Nasdaq, mas com o Dow Jones em perda, em dia de digestão de resultados trimestrais e de expectativa sobre acordos comerciais negociados pelos Estados Unidos.

Os resultados da sessão indicam que o índice alargado S&P500 valorizou 0,07%, para uns inéditos 6.363,35 pontos no fecho, e o tecnológico Nasdaq também alcançou um máximo histórico – 21.057,96 -, depois de um ganho de 0,70%.

O seletivo Dow Jones Industrial Average, por seu lado, recuou 0,70%, depois de na véspera ter ficado muito perto do seu registo mais elevado.

José Torres, da Interactive Brokers, atribuiu os novos recordes a resultados empresariais “bem recebidos”, a par de bons “dados económicos”.

“Pouco mais de 20% das empresas do S&P 500 divulgaram os seus resultados” e “até agora, parecem muito bons”, corroborou Thomas Shipp, da LPL Financial, citado pela AFP.

Entre as maiores empresas de capitalização que já divulgaram o seu desempenho, a Alphabet destacou-se subindo 1,02%.

A empresa-mãe da Google registou no segundo trimestre um aumento de receitas de 14% em relação ao ano anterior, para mais de 96 mil milhões de dólares.

Este crescimento, muito acima das expectativas, foi impulsionado, em particular, pela forte procura de serviços de inteligência artificial (IA).

Outra gigante tecnológica, a fabricante de veículos elétricos Tesla, registou uma forte queda, de 8,20%, após anunciar que o lucro líquido do segundo trimestre foi 16% inferior ao do período homólogo.

O grupo foi afetado pela queda das vendas de veículos, no meio do aumento da concorrência e das consequências do envolvimento do seu CEO, Elon Musk, na política norte-americana.

De acordo com os analistas do Briefing.com, “a falta de novidades na frente comercial está a manter os índices numa faixa relativamente estreita”.

As ações na bolsa nova-iorquina estão a recuperar há semanas, devido à esperança de que o Presidente Donald Trump feche acordos comerciais com outros países, que reduzam as tarifas rigorosas propostas.

Adam Sarhan, da 50 Park Investments, salienta que os investidores estão de facto à espera de notícias sobre as negociações comerciais antes do prazo final de 01 de agosto imposto por Trump, mas que “o otimismo mantém-se”.

A administração Trump tem atualmente cinco acordos assinados, e os participantes do mercado esperam que novos acordos sejam alcançados em breve com a União Europeia e a China.

Em termos de indicadores, os pedidos de subsídio de desemprego fixaram-se nos 217.000 na semana passada, uma queda pelo sexto período consecutivo e abaixo das expectativas dos analistas.

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