A polícia de Toronto informou que vai manter-se atenta a uma escola judaica para raparigas que foi atingida por tiros pela terceira vez este ano.
Numa publicação nas redes sociais, a 24 de dezembro, a polícia referiu que participou numa reunião na escola primária para discutir as preocupações atuais com a segurança.
Os disparos ocorreram no exterior da Escola Primária Bais Chaya Mushka a meio da noite, por volta das 2:30 am, no dia 20 de dezembro. A polícia declarou que vários suspeitos foram vistos a disparar uma arma de dentro de um carro na rua antes de fugirem da área.
A escola foi atingida por balas, causando alguns danos, mas, felizmente, ninguém ficou ferido.
O incidente marcou a terceira vez este ano que a escola foi atingida por tiros, após um incidente semelhante em maio e outro em outubro – este último no Yom Kippur, o dia mais sagrado do calendário judaico.
O mais recente ataque suscitou um coro de condenação por parte dos líderes políticos, incluindo a presidente da Câmara Municipal de Toronto, Olivia Chow, que declarou “já chega”, e o premier Doug Ford, que afirmou estar “indignado e revoltado” com o ocorrido.
Duas pessoas estão a ser acusadas de envolvimento no incidente de outubro, mas a polícia ainda não encontrou provas que liguem as três ocorrências, conforme informou na penúltima semana de dezembro.
A polícia de Toronto registou um aumento acentuado nos crimes de ódio antissemita desde 7 de outubro, o início da guerra entre Israel e o Hamas.
Em outubro, numa reunião da Direção dos Serviços de Polícia de Toronto, foi confirmado um aumento de 42,6% nos crimes de ódio em comparação com a mesma altura do ano passado. De acordo com os dados, houve um aumento de 74,5% nos crimes de ódio contra a comunidade judaica e um aumento de 40% nos crimes de ódio contra a comunidade muçulmana.
O mais recente incidente ocorreu dias antes do início do feriado judaico de Hanukkah.