
O Papa Leão XIV entregou as peças e a documentação a uma delegação da Conferência Canadiana de Bispos Católicos. Num comunicado conjunto, o Vaticano e a Igreja no Canadá dizem que esta devolução é um sinal de diálogo, respeito e fraternidade.
Os artefactos pertencem ao Museu Anima Mundi, a coleção etnográfica dos Museus Vaticanos. Muitos dos itens da coleção chegaram a Roma em 1925, enviados por missionários católicos para uma grande exposição do Ano Santo.
O Vaticano afirma que eram presentes para o Papa Pio XI, mas historiadores, grupos indígenas e especialistas contestam essa versão, lembrando o desequilíbrio de poder nas missões da época.
Nesse período, ordens religiosas ajudavam a impor políticas de assimilação forçada no Canadá. Muitos objetos usados em rituais indígenas foram confiscados e acabaram em museus no Canadá, nos EUA e na Europa.
As negociações aceleraram depois do encontro de 2022 entre o Papa Francisco e líderes indígenas. A Igreja no Canadá compromete-se agora a proteger e preservar os artefactos, garantindo que a guarda final seja das próprias comunidades indígenas.
