UE/Presidência: Dombrovskis fala em “presidência muito bem-sucedida” de Portugal

Bruxelas, 05 mai 2021 (Lusa) — O vice-presidente executivo da Comissão Europeia Valdis Dombrovskis considera que Portugal está a ter uma “presidência muito bem-sucedida” do Conselho da União Europeia (UE), com prioridades alinhadas com as do executivo comunitário, nomeadamente na área social.

“Estamos a cooperar muito bem com a presidência portuguesa e, de facto, as prioridades estão muito alinhadas [com as da Comissão Europeia]”, diz Valdis Dombrovskis em entrevista à agência Lusa, em Bruxelas.

Segundo o responsável no executivo comunitário pela pasta de “Uma economia ao serviço das pessoas”, a presidência portuguesa “está fortemente envolvida na implementação de uma série de medidas ligadas à recuperação económica e também nalguns elementos ainda ligados ao quadro financeiro plurianual 2021-2027”.

Além disso, “saudamos a ênfase dada pela presidência portuguesa à dimensão social, que se reflete também na Cimeira Social, por isso eu diria que Portugal está a ter uma presidência muito bem-sucedida e que estamos a cooperar muito bem com a presidência portuguesa”, adianta Valdis Dombrovskis, nesta entrevista à Lusa.

A agenda social é uma das prioridades da presidência portuguesa do Conselho da UE.

Considerado o ponto alto da presidência portuguesa, a Cimeira Social marcada para a próxima sexta-feira no Porto visa ditar a agenda europeia para a próxima década nesta área, ao juntar líderes dos Estados-membros e das instituições europeias e responsáveis dos parceiros sociais e da sociedade civil numa reflexão (em formato ‘online’ e presencial) sobre os passos a dar.

Nesta cimeira, estará em discussão o plano de ação do Pilar Europeu dos Direitos Sociais, apresentado pela Comissão Europeia em março e que visa que a UE atinja uma taxa de emprego (dos 20 aos 64 anos) de 78% até 2030, um reforço face à anterior meta de 75% e uma subida face aos 72,4% registados em 2020.

Ainda previsto está que pelo menos 60% dos trabalhadores adultos na UE recebam formação uma vez por ano, incluindo em competências digitais, e que se consiga tirar da pobreza ou da exclusão social pelo menos 15 milhões de pessoas, cinco milhões das quais crianças.

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