
Washington, 22 nov 2025 (Lusa) — O presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou hoje que o controverso plano de paz que o seu governo propôs para pôr fim à guerra na Ucrânia não é a sua “última oferta” para Kiev.
“Não, não é a minha última oferta”, afirmou Trump, quando questionado pela imprensa fora da Casa Branca sobre se o controverso plano de 28 pontos para a paz na Ucrânia é a sua proposta final para o governo do presidente ucraniano, Volodímir Zelenski, que o considera desfavorável em vários aspetos.
“Gostaríamos de alcançar a paz. Isso deveria ter acontecido há muito tempo. A guerra entre a Rússia e a Ucrânia não deveria ter acontecido. Se eu fosse presidente, isso nunca teria acontecido. Estamos a tentar pôr fim a isso. De uma forma ou de outra, temos de pôr fim a isso”, limitou-se a acrescentar o presidente norte-americano antes de partir para a base aérea de Andrews, onde tenciona visitar o seu campo de golfe.
As palavras de Trump surgem depois de se saber que o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, e o enviado especial da Casa Branca para missões de paz, Steve Witkoff, estarão no domingo em Genebra para discutir o plano com uma delegação ucraniana.
Rubio e Witkoff vão juntar-se ao secretário do Exército dos EUA, Dan Driscoll, que já se encontra na cidade suíça, onde também se espera a presença, no domingo, de representantes dos principais países europeus para discutir a proposta, que muitos consideram favorável aos interesses de Moscovo.
Entre os pontos do plano mais desfavoráveis a Kiev destacam-se a exigência de que reduza o efetivo do seu exército e que retire as suas tropas de todo o território da região de Donbás, que continua sob o seu controlo.
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