
Brasília, 14 dez 2025 (Lusa) — O Supremo Tribunal Federal do Brasil autorizou a realização de uma ecografia ao ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro na sede da Polícia Federal, onde cumpre pena, para avaliar a necessidade de uma cirurgia, informaram meios locais.
O juiz Alexandre de Moraes, relator do caso no Supremo, autorizou que o exame seja realizado com um aparelho portátil de ultrassom no quarto onde Bolsonaro está detido, com o objetivo de verificar a existência de uma hérnia inguinal bilateral e assim avaliar a necessidade de uma cirurgia.
O magistrado respondeu a um pedido apresentado pela defesa do ex-presidente, que solicitou permissão para que Bolsonaro deixasse a sede da Polícia Federal em Brasília, com a finalidade de dar entrada num hospital para se submeter à operação.
Além disso, na resposta ao pedido, o magistrado observou que, de acordo com determinações judiciais anteriores, as visitas de médicos já registados não exigem comunicação prévia, desde que sejam observadas as disposições legais e judiciais já estabelecidas.
Bolsonaro, de 70 anos, sofre de crises esporádicas de soluços, um cancro de pele incipiente e sequelas de cirurgias anteriores na região abdominal, devido a uma facada que sofreu em 2018, quando se encontrava em campanha para as presidenciais nesse ano, que o levaram ao poder.
O ex-presidente, condenado a 27 anos de prisão, encontra-se desde o final de novembro a cumprir pena na sede da Polícia Federal em Brasília, para onde foi levado depois de tentar livrar-se, com um ferro de soldar, da pulseira eletrónica que lhe tinha sido imposta pelo Supremo Tribunal.
Desde então, a defesa e a própria família do líder político têm insistido judicial e publicamente para que lhe seja concedida prisão domiciliária humanitária, devido aos problemas de saúde.
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