
Lisboa, 22 set (Lusa) – Os sindicatos médicos classificaram hoje como “perda de tempo” a reunião com o Governo, que levou à convocação de greves em outubro e novembro, mas acreditam numa solução que impeça as paralisações.
O Sindicato Independente dos Médicos (SIM) e a Federação Nacional dos Médicos (FNAM) reuniram-se hoje com o Governo e no final anunciaram um ciclo de greves em outubro e novembro, as de outubro por regiões (dias 11, 18 e 25) e uma nacional a 08 de novembro, com concentração de médicos “de bata” junto do Ministério da Saúde.
Depois da reunião, o secretário-geral do SIM, Jorge Roque da Cunha, lamentou, em conferência de imprensa, que o Governo não tivesse apresentado qualquer contraproposta às propostas dos sindicatos, que se prendem com redução de horas extraordinárias anuais obrigatórias (matéria em que houve acordo), as chamadas horas de qualidade (durante a noite), redução do trabalho de urgência (de 18 para 12 horas semanais) e redução da lista de utentes por médico de família (dos atuais 1.900 para 1.500).