Aproximando-se de 2025, a principal responsável pela saúde pública do Canadá, Theresa Tam, manifestou preocupação com a gripe das aves H5N1, um vírus emergente que registou o seu primeiro caso humano no Canadá este ano.
Ao mesmo tempo, Tam está a acompanhar de perto o sarampo — um vírus que foi eliminado no país há mais de duas décadas, mas que está a ressurgir rapidamente.
O H5N1, uma estirpe de gripe aviária altamente patogénica transportada por aves selvagens, tem vindo a espalhar-se a nível mundial. Dizimou explorações avícolas no Canadá e infetou manadas de gado leiteiro em vários estados a sul da fronteira. No entanto, a sua propagação aos seres humanos é especialmente preocupante.
O único doente confirmado com H5N1 no Canadá – um adolescente da província de British Columbia (B.C.) – ficou gravemente doente e foi hospitalizado em novembro. As autoridades de saúde locais ainda não conseguiram determinar como é que o adolescente foi infetado.
Mais ninguém contraiu o vírus, segundo Tam. Apesar de o risco ser considerado baixo, houve pelo menos 65 casos humanos confirmados nos EUA em 2024, principalmente entre trabalhadores agrícolas, o que preocupa as autoridades de saúde. A maioria dos casos tem sido ligeira, com conjuntivite, entre os sintomas.
Tam também alertou para o facto de terem sido registados cerca de 170 casos de sarampo no Canadá em 2024, em comparação com 59 no ano passado.
Muitos destes casos estão relacionados com um grande surto que teve início no outono em New Brunswick e que, desde então, se propagou através de viagens a Ontário. A maioria das pessoas afetadas não tinha sido vacinada.
Tam destacou que um dos fatores que provavelmente impulsiona o ressurgimento do sarampo e da tosse convulsa é a interrupção das vacinações de rotina das crianças durante a pandemia da Covid-19.
Relativamente à Covid-19, Tam referiu que o vírus continua a evoluir e a espalhar-se, mas ainda não estabeleceu um padrão previsível, como a gripe sazonal ou o vírus sincicial respiratório (RSV).