
Dia 14 de janeiro foi dia de reunião do primeiro-ministro Justin Trudeau com os premiers canadianos para discussão do plano do Canadá de resposta às ameaças tarifárias do presidente eleito nos Estados Unidos da América (EUA), Donald Trump, antes da tomada de posse agendada para 20 de janeiro.
Antes da reunião alguns premiers e ministros manifestaram a sua posição.
O premier do Quebec, François Legault, afirmou que o Canadá deve estar preparado para o caso de Trump concretizar esta ameaça.
O premier da New Foundland e Labrador, Andrew Furey, defendeu que o Canadá deve certificar-se de que os EUA estão cientes da sua dependência crítica da energia canadiana. Furey não se posicionou a favor de cortar as exportações no imediato, mas não excluiu a possibilidade de uso da medida como uma arma comercial.
Por sua vez, tanto o premier de Saskatchewan, Scott Moe, como a premier de Alberta, Danielle Smith, rejeitaram quaisquer medidas que pudessem afetar as exportações de energia do Canadá para os EUA.
O premier de Ontário, Doug Ford, presidente da Associação de Premiers conhecida como Conselho da Federação, apareceu na reunião com um boné de basebol azul com a mensagem “O Canadá não está à venda”. Ford acrescentou que a aplicação de tarifas pode custar 500 mil empregos só em Ontário.
O ministro das Finanças, Dominic LeBlanc, disse que o seu departamento e os principais bancos canadianos têm estado a trabalhar na modelação de potenciais perdas de postos de trabalho decorrentes das tarifas, sem entrar em detalhe.
Na abertura do encontro, o primeiro-ministro Justin Trudeau declarou que o objetivo era encontrar oportunidades para aumentar e fortalecer as relações com os Estados Unidos. Um plano de reforço massivo na fronteira entre os dois países seria apresentado para aumentar a segurança, combater o tráfico de drogas e proteger o sistema imigratório do país. Trudeau afirmou que todos estão juntos para defender os interesses do Canadá, que procura por uma relação em que os dois lados sejam beneficiados.
