PSI em máximos de mais 15 anos com Teixeira Duarte a subir quase 5%

Lisboa, 15 out 2025 (Lusa) — A bolsa de Lisboa mantinha a tendência de abertura e negociava em alta, com o PSI em máximos desde abril de 2010 e a Teixeira Duarte a liderar os ganhos a subir 4,94% para 0,72 euros.

Cerca das 09:45 em Lisboa, o PSI, que desde 22 de setembro tem 16 empresas, mantinha a tendência da abertura e avançava 0,38% para 8.259,44 pontos, um novo máximo desde 16 de abril de 2010, com nove ‘papéis’ a subir, seis a descer e um a manter a cotação (NOS em 3,73 euros).

Às ações da Teixeira Duarte seguiam-se as da EDP Renováveis, Ibersol e Navigator, que avançavam 1,86% para 13,15 euros, 0,99% para 10,20 euros e 0,78% para 3,11 euros.

As ações do BCP, Corticeira Amorim e Semapa avançavam 0,66% para 0,76 euros, 0,42% para 7,12 euros e 0,33% para 18,44 euros.

As outras duas ações que se valorizavam eram as da REN e da Altri, designadamente 0,32% para 3,11 euros e 0,30% para 5,01 euros.

Em sentido contrário, as ações dos CTT desvalorizavam-se 0,28% para 7,06 euros, enqaunto as da EDP e Galp desciam ambas 0,25% para 4,32 euros e para 15,96 euros.

As ações da Jerónimo Martins, Mota-Engil e Sonae também baixavam, subiam, designadamente 0,19% para 20,62 euros, 0,17% para 5,75 euros e 0,15% para 1,37 euros.

As principais bolsas europeias abriram hoje em alta, após o fecho misto registado na terça-feira, superando assim as tensões comerciais entre os EUA e a China, e depois de as bolsas asiáticas terem terminado com tendência positiva.

A bolsa que mais sobe é a de Paris, 1,10%, depois de na terça-feira o Partido Socialista (PS) e o conservador Os Republicanos (LR) terem dado uma trégua ao Governo de Sébastien Lecornu ao anunciar que não apoiarão as moções de censura da extrema direita e da esquerda radical que serão votadas na quinta-feira.

Os mercados estão atentos à troca de ameaças entre a China e os EUA, enquanto a aparição na terça-feira do presidente da Reserva Federal dos EUA (Fed), Jerome Powell, pode beneficiar o mercado com a esperança de que as taxas de juro possam ser reduzidas na próxima reunião, embora tenha evitado dar sinais claros a esse respeito.

Powell insinuou que a Fed estaria perto de encerrar o programa de redução do seu portfólio de títulos e outros instrumentos, conhecido como contração quantitativa ou “quantitative tightening”.

A esta hora, os futuros de Wall Street avançam ganhos de 0,28% para o Dow Jones e de 0,58% para o Nasdaq.

Hoje continua nos EUA a apresentação de resultados, depois de a grande banca norte-americana o ter feito na terça-feira: JPMorgan Chase, Wells Fargo, Goldman Sachs e Citigroup, que registaram lucros que superaram as expectativas dos analistas. Hoje é a vez, entre outras, da ASML Holding.

Hoje foi divulgado o dado de inflação da China, que caiu 0,3% em setembro em relação ao ano anterior, o que representa o segundo mês consecutivo de desaceleração, acima do esperado pelos analistas.

Em Espanha, o Instituto Nacional de Estatística (INE) reviu em alta de uma décima a inflação homóloga em setembro para 3%, mais três décimas do que no mês anterior, devido à menor queda nos preços de combustíveis e lubrificantes em comparação com a registada há um ano.

O preço do ouro continua imparável e regista novos máximos. O preço do ouro, historicamente considerado um ativo de refúgio em tempos de incerteza, estava hoje a subir e a onça estava a ser negociada a 4.200,99 dólares, um novo máximo de sempre.

Por sua vez, o Brent, o petróleo bruto de referência na Europa, para entrega em dezembro, está a descer para 62,14 dólares, contra 62,39 dólares na terça-feira.

O euro avançava para 1,1638 dólares no mercado de câmbios de Frankfurt, contra 1,1609 dólares na terça-feira e o novo máximo de quatro anos, de 1,1865 dólares, verificado em 16 de setembro.

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