Preços em Moçambique subiram 0,47% em outubro – INE

Maputo, 13 nov 2025 (Lusa) – Os preços em Moçambique aumentaram 0,47% em outubro, o dobro da subida no mês anterior, mas com a inflação homóloga a recuar ligeiramente, para 4,83%, segundo dados divulgados hoje pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

O Índice de Preços no Consumidor (IPC) de outubro do INE indica que Moçambique “registou um aumento de preços na ordem de 0,47%” face a setembro (subida de 0,29%), novamente influenciado pelo setor da alimentação e bebidas não alcoólicas, ao contribuir no total da variação mensal com 0,32 pontos percentuais negativos.

Segundo análise do IPC à variação mensal por produto, é de destacar o aumento de preços de tomate (12,0%), peixe seco (3,0%), camarão seco (16,8%), carapau (1,0%), lenha (7,6%) e limão (48,1%): “Estes contribuíram no total da variação mensal com cerca de 0,39 pontos percentuais positivos”.

Moçambique tinha registado anteriormente oito recuos mensais no índice dos preços ao consumidor, em menos de um ano e meio, quatro dos quais entre abril e julho, retomando as subidas em agosto, setembro e outubro.

O INE refere igualmente que, quando comparado com 2024, o IPC indica uma subida de preços homóloga em outubro de 4,83% (4,93% em setembro e 4,79% em agosto), influenciada sobretudo pelas divisões de alimentação e bebidas não alcoólicas, bem como da relativa a restaurantes, hotéis, cafés e similares, que aumentaram num ano 10,41% e 7,29%, respetivamente.

A inflação acumulada de 2024, segundo dados anteriores do INE, fixou-se nos 4,15%, que compara com os 5,3% de 2023, mas abaixo do pico de quase 13% atingido em julho de 2022.

O Governo prevê que Moçambique feche 2025 com uma inflação em torno de 7%.

O Banco de Moçambique estima que a inflação anual vai continuar a desacelerar nos próximos meses, refletindo a decisão de isentar de IVA alguns produtos básicos e reduzir em até 60% as tarifas de portagens.

“No curto prazo, prevê-se a manutenção da tendência para desaceleração da inflação anual, a refletir o impacto da isenção do IVA nos produtos básicos (açúcar, óleo alimentar e sabão), o ajustamento em baixa das tarifas de água e portagens e a queda dos preços de alimentos no mercado internacional, num contexto de estabilidade do metical”, lê-se num relatório anterior de Conjuntura Económica e Perspetivas de Inflação.

PVJ // SB

Lusa/Fim