PR moçambicano pede aos ministros que combatam burocracia e corrupção

Maputo, 16 dez 2025 (Lusa) – O Presidente moçambicano pediu hoje aos ministros que combatam a “burocracia paralisante” e promovam soluções práticas para travar a corrupção, reiterando que o povo não avalia os governos pelas promessas, mas por “mudanças reais”.

“Dirigimos-nos de forma direta e frontal a cada ministro aqui presente. O cargo que ocupam é um cargo de confiança política, mas, acima de tudo, é uma missão ao serviço do povo (…). Espera-se que combatam a burocracia paralisante, que promovam soluções práticas, que combatam a corrupção e que façam do vosso setor um instrumento efetivo de desenvolvimento do Moçambique”, disse Daniel Chapo durante a cerimónia de assinatura de contratos-programa, em Maputo.

O chefe de Estado referiu ainda que o povo moçambicano “não espera milagres”, mas seriedade e trabalho, além de governantes com liderança, espírito de equipa, capacidade de decisão e proximidade com os cidadãos.

“Esta não é uma governação de complacência, é uma governação de exigência, de disciplina, de ética, de integridade e de compromisso com o interesse nacional”, afirmou Chapo, acrescentando que “o povo não avalia governos por promessas, mas por mudanças reais na vida cotidiana” e através de resultados nos diversos serviços sociais prestados.

Segundo o Presidente moçambicano, os contratos-programa assinados pelos ministros são, em última instância, “contratos de trabalho com o povo”, referindo, por isso, que estão a ser criados mecanismos concretos de responsabilização da governação.

“Neste Governo responsabilidade não é retórica, deve ser prática. Queremos sublinhar que ninguém deve governar sem prestar contas, ninguém deve exercer poder sem responder pelos resultados a que se compromete realizar”, frisou o chefe de Estado.

Para Chapo, os contratos marcam ainda o início de uma nova etapa de governação, de execução com foco nos resultados e em que cada ministro sabe exatamente o que se espera do seu setor e em que o Presidente assume também a responsabilidade de acompanhar, orientar, monitorizar, exigir e avaliar.

De acordo com o Presidente, os instrumentos não substituem a ética, a consciência de servir o público e a integridade, mas “reforçam-nas”, e também não são instrumentos de desconfiança, mas de responsabilidade. 

“É assim que se constrói, portanto, a base e os alicerces para a nossa independência económica. É assim que se honra a confiança do povo moçambicano”, concluiu.

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