Pensos higiénicos: WC masculinas do Parlamento canadiano já contam com tampões

FOTO: LINDA FRUM/X
FOTO: LINDA FRUM/X

Os tampões e os pensos higiénicos já estão disponíveis nas casas de banho masculinas do Parlamento do Canadá. A nova lei do trabalho que entrou em vigor no passado dia 15 de dezembro, está a causar polémica em algumas figuras partidárias.

A notícia espalhou-se rapidamente, depois de a ex-deputada pelo Partido Conservador Linda Frum ter publicado uma imagem de um cesto que oferecia pensos e tampões gratuitos numa casa de banho masculina para membros transexuais do Parlamento do Canadá.

“Antigamente, quando só as mulheres menstruavam tínhamos que pagar pelos nossos próprios produtos. Mas agora que os homens também menstruam, estes produtos são obrigados a ser gratuitos em todas as casas de banho masculinas em todos os locais de trabalho federais, incluindo Parliament Hill – onde esta foto foi tirada “, publicou Frum no X.

Os esforços para incentivar o Governo canadiano a colocar produtos menstruais nas casas de banho dos homens começaram em 2020, quando Rachel Ettinger, fundadora da Here for Her, uma campanha centrada na educação para a saúde, apresentou uma petição.

Ela argumentou que o Governo deveria “olhar para os produtos menstruais como um artigo de necessidade, tal como o papel higiénico”.

A nova política não agrada a todos. Maxime Bernier, líder do Partido Popular, foi uma das pessoas a pronunciar-se e falou num “ataque sistemático contra a masculinidade”.

A mudança no Código de Trabalho do Canadá foi anunciada em maio e entrou em vigor a 15 de dezembro. A lei diz que “os produtos menstruais devem estar em todos as casas de banho, independentemente do sexo marcado”, o que “significa que todas as casas de banho identificadas por mulheres, homens e todos os géneros precisarão de ter produtos menstruais”. Este acesso irrestrito “protege melhor as funcionárias menstruadas e garante que elas se sentem seguras para usar a casa de banho que melhor reflete o seu género”.

As entidades patronais regulamentadas a nível federal, incluindo aeroportos e bases militares, são assim obrigadas a dar produtos menstruais em todas as casas de banho, independentemente do género indicado na porta.