PAPEL DA IGREJA CATÓLICA EM TIMOR-LESTE FOI MUITO ALÉM DE PROTETORA, DENUNCIADORA E RECONCILIADORA — TESE

Lusa Lisboa, 18 out (Lusa) – O papel da Igreja Católica durante a invasão indonésia de Timor-Leste foi “muito além” de protetora, denunciadora e reconciliadora, pois, ao colaborar “ativamente” com a resistência, ajudou a chegar ao referendo e, depois, à independência, segundo uma tese de mestrado.

A ideia é defendida na tese de mestrado que a jornalista portuguesa Maria José Garrido apresentou recentemente – obteve 18 valores do júri na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa -, intitulada “As Lideranças Religiosas no Processo de Independência de Timor-Leste (1975/1991)”, enquadrada no tema “História e Cultura das Religiões”.

“É difícil de se dizer, mas acho que a igreja teve um papel muito importante para que o referendo e a independência acontecessem. A igreja foi a única instituição que permaneceu no território, mesmo antes da invasão. Dispunha de uma rede, utilizada pela igreja timorense pelo mundo fora. Essa rede ajudou-a na divulgação da causa”, disse Maria José Garrido, numa entrevista à agência Lusa.