
Nações Unidas, 13 abr (Lusa) — Um relatório das Nações Unidas colocou hoje as Forças Armadas de Mianmar na lista negra de governos ou grupos rebeldes “com suspeitas credíveis” de terem praticando violações ou outros atos de violência sexual num conflito.
Um copia do relatório do secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, que a agência Associated Press teve acesso, refere que equipas médicas internacionais no Bangladesh documentaram que muitos dos cerca de 700.000 muçulmanos rohingya que fugiram de Mianmar “apresentam as cicatrizes físicas e psicológicas de agressões sexuais brutais”.
O secretário-geral das Nações Unidas disse que os ataques foram alegadamente perpetrados pelas forças armadas de Mianmar “às vezes atuando em conjunto com as milícias locais, no curso das operações militares de ‘limpeza’ em outubro de 2016 e agosto de 2017”.
Guterres disse que era parte de uma estratégia “para humilhar, aterrorizar e punir coletivamente a comunidade rohingya”.
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