As pessoas que estão a tentar deixar de fumar não devem recorrer aos cigarros eletrónicos ou vaporizadores como primeira opção para largar o vício, afirma uma nova diretriz canadiana da Força-Tarefa Canadiana sobre Cuidados de Saúde Preventivos.
Em vez disso, os médicos devem manter-se atualizados sobre se os seus pacientes fumam ou não e oferecer-lhes opções comprovadamente eficazes para deixar de fumar, incluindo medicamentos, substitutos da nicotina e aconselhamento.
Essas intervenções aumentam as hipóteses de uma pessoa deixar de fumar definitivamente a longo prazo, afirmou a força-tarefa na edição de 25 de agosto do Canadian Medical Association Journal.
A diretriz surge num momento em que a vaporização continua popular entre os jovens. 30% dos jovens de 15 a 19 anos pesquisados disseram que experimentaram vaporizar em 2022, o último ano para o qual há dados disponíveis, de acordo com a Statistics Canada. Em comparação, apenas 10% dos jovens disseram que experimentaram fumar cigarros.
As pessoas que fumam às vezes recorrem ao cigarro eletrónico, acreditando que isso as ajudará a superar o vício da nicotina. Mas nenhum cigarro eletrónico foi aprovado para a cessação tabágica no Canadá, observa a diretriz.
Os autores do grupo de trabalho reconheceram que os cigarros eletrónicos continuam a ser o último recurso para pessoas que tentaram outras intervenções sem sucesso ou que os preferem fortemente.
Em vez disso, a diretriz recomenda fortemente a terapia comportamental, a farmacoterapia ou ambas.