
Alguns mitos sexistas aceites por algumas pessoas acabam de cair. Quem o mostra é a zoologista Lucy Cooke, que trabalha há muitos anos com animais e que afirma que, por exemplo, “machos e fêmeas têm capacidade de cuidar uns dos outros”.
A autora atribui essa ideia a muitos anos de sexismo que cientistas difundiram e que foi perdurando no tempo.
O seu último livro começa com a autora a dizer que quando era estudante de zoologia se sentia desajustada e que por ser uma mulher, isso significava ser uma perdedora.
Cooke refere os ensinamentos de Richard Dawkins da Universidade de Oxford. O investigador dizia que as mulheres tinham apenas um ovo e que os homens tinham muitos espermatozóides móveis, o que significava que as células definiam o comportamento.
Assim os machos seriam vigorosos, agressivos e competitivos e as mulheres passivas e submissas.
Lucy Cooke diz que tais ensinamentos a deprimem.
Para a autora, mesmo o cientista brilhante Charles Darwin era tendencioso, tendo descrito as mulheres de forma vitoriana. Outras gerações de cientistas seguiram-no.
Foi para desfazer este pensamento misoginista que várias mulheres cientistas na América começaram a questionar estas visões.
Outra questão prende-se com a ideia de que os homens são promíscuos e as mulheres santas e castas, acomodadas e monogâmicas.
Sarah Blaffer, uma antropologista americana, descobriu que, por exemplo, na Índia, as mulheres não são assim. As próprias solictam e convidam os homens para relações sexuais.
Referindo-se ao mundo animal, Lucy Cooke refere que as macacas são muito ativas sexualmente e que foram observadas a terem relações sexuais com todos os elementos do seu grupo.
Patricia Brennan, cientista de Boston, verificou que o clitóris dos golfinhos é semelhante ao das mulheres e que estes animais têm grande atividade sexual.
A perita revela que, ao contrário do que se pensava, não são os machos que lideram, mas sim as fêmeas.
