
Lisboa, 16 set 2025 (Lusa) — O primeiro-ministro considerou hoje essencial que Portugal projete o seu atual contexto de credibilidade, com estabilidade financeira e social, e advertiu que a União Europeia tem de mudar rapidamente para interromper o seu definhamento político no mundo.
Estas posições foram defendidas por Luís Montenegro na intervenção inicial que proferiu numa palestra sobre a “União Europeia e Portugal” promovida pelo Instituto de Estudos Políticos da Universidade Católica.
Perante cerca de uma centena de alunos, com o antigo presidente da Comissão Europeia José Manuel Durão Barroso a ouvi-lo, o líder do executivo português falou sobre os “constrangimentos” existentes na atual conjuntura internacional, designadamente a guerra na Ucrânia e no Médio Oriente, a estagnação registada pela Alemanha e a debilidade económica francesa.
“Mas em Portugal há um contexto de oportunidade e de credibilidade que não podemos desperdiçar. Temos uma economia que cresce mais do que a média da União Europeia e registamos superávites sucessivos ao nível das contas públicas”, apontou, já depois de se ter referido à trajetória do país em termos de redução do desemprego e dos juros nos mercados internacionais desde os tempos da “troika”.
Luís Montenegro assinalou ainda que Portugal regista esses excedentes orçamentais, numa conjuntura em que “também baixa os impostos sobre o rendimento do trabalho e sobre as empresas”.
“E não deixa de valorizar os rendimentos ao aumentar os salários mínimo nacional, os médios e o dos pensionistas. Isto só é possível com dinamismo económico. A situação em que nós nos encontramos hoje tem muito pouco paralelo na Europa. Haverá dois, três países com uma situação parecida com a nossa, mas melhor duvido que haja algum”, concluiu.
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