
No Canadá, a moda está a reinventar-se com base em materiais amigos do ambiente e práticas responsáveis. Marcas como a Kotn, Frank And Oak e Tentree já utilizam algodão orgânico, cânhamo, bambu e têxteis reciclados nas suas coleções. Com os avanços tecnológicos, espera-se que o couro produzido em laboratório e os tecidos biofabricados passem também a marcar presença no setor.
Outro movimento em crescimento é o da moda circular, que prolonga o ciclo de vida da roupa através de reutilização, reparação e reciclagem. Plataformas de revenda, serviços de aluguer e programas de recolha estão a reduzir o desperdício têxtil. Lojas em segunda mão e mercados online como a Depop e a Poshmark registam uma procura crescente, sobretudo entre consumidores que procuram alternativas mais sustentáveis.
O papel do governo canadiano é cada vez mais relevante. Estão em estudo incentivos para empresas sustentáveis, regulamentação para reduzir resíduos na produção e uma maior fiscalização das cadeias de fornecimento. A pressão internacional obriga o setor a alinhar-se com padrões ambientais mais exigentes.
Mas os desafios não são poucos. Produzir roupa ecológica é dispendioso, o que dificulta a vida das marcas mais pequenas. E muitos consumidores ainda desconhecem o verdadeiro impacto ambiental da moda rápida ou hesitam perante preços mais elevados.
O futuro da moda sustentável no Canadá dependerá de inovação, cooperação entre empresas e maior consciencialização dos consumidores. Apoiar marcas locais, comprar em segunda mão e exigir mudanças na indústria podem fazer a diferença.
