
Londres, 28 jul (Lusa) – A Economist Intelligence Unit (EIU) considerou hoje que o Governo de Moçambique só deverá autorizar a divulgação do relatório total da Kroll sobre a dívida pública escondida no final do congresso da Frelimo, partido no poder, em setembro.
“A publicação de uma versão total e detalhada do relatório, dizendo quem beneficiou dos empréstimos, teria implicações políticas abrangentes, dado que membros de topo do partido no poder, incluindo talvez o Presidente, Filipe Nyusi, arriscam-se a ser implicados em irregularidades”, dizem os peritos da unidade de análise económica da revista britânica The Economist.
Numa nota de análise sobre a visita do Fundo Monetário Internacional a Moçambique, que terminou dia 20, e a que a Lusa teve acesso, os analistas da Economist escrevem: “Pensamos que é improvável que o Governo ceda aos pedidos do FMI antes do congresso da Frelimo em setembro, quando o papel de Nyusi como líder do partido podia estar em risco”.