“A guerra no Médio Oriente está a gerar medo e insegurança em Toronto”. Quem o diz é a polícia, que decidiu, nesse contexto, aumentar as patrulhas nas comunidades judaicas e noutros locais de culto da cidade.
A polícia de Toronto planeia manter a segurança reforçada em torno das comunidades judaicas e dos locais de culto da cidade, mas afirma não haver provas de quaisquer ameaças aos residentes.
Num comunicado divulgado esta quarta-feira, dia 11, à noite, a polícia diz ter “ouvido diretamente dos líderes comunitários da cidade que a guerra no Médio Oriente está a gerar medo e insegurança em Toronto”.
O aumento da patrulha policial centra-se nos centros culturais, sinagogas, mesquitas e outros locais de culto em toda a cidade.
“Os residentes são encorajados a comunicar quaisquer alegações de incidentes motivados pelo ódio à polícia para investigação”, lê-se no comunicado. “O serviço está também a trabalhar em estreita colaboração com os parceiros federais e provinciais e outras agências de aplicação da lei para assegurar a coordenação e a partilha de informações.”
Várias manifestações tiveram lugar na cidade na segunda-feira, dia 9, em solidariedade com as comunidades palestiniana e israelita.
Manifestantes pró-palestinianos reuniram-se na Nathan Phillips Square, em frente à Câmara Municipal de Toronto. Ao final da tarde, na praça Mel Lastman, em North York, políticos e habitantes locais reuniram-se para mostrar o seu apoio a Israel e lamentar os mortos no ataque do Hamas.
A polícia de Toronto confirma que foram efetuadas quatro detenções no momento em que a manifestação estava a terminar na praça Mel Lastman. Não foram feitas acusações e o evento foi descrito como “maioritariamente pacífico”.