
Motherwell, Escócia, 08 set 2025 (Lusa) – Portugal precisa de dinamismo para triunfar na Escócia, na terça-feira, e dar sequência à goleada inaugural sobre o Azerbaijão (5-0), no Grupo B de qualificação para o Europeu de futebol de sub-21, reconheceu hoje o selecionador Luís Freire.
“É um teste com outro nível de dificuldade. Queremos uma equipa dinâmica, que fure uma linha de cinco [defesas], que quase de certeza surgirá [por parte da Escócia]. Temos de ser muito dinâmicos, móveis, reativos à perda da bola e capazes de disputar este jogo, que, às vezes, vai ser mais de duelos”, antecipou o técnico, em declarações ao Canal 11.
Quatro dias depois da vitória sobre o Azerbaijão, em Barcelos, que assinalou a estreia de Luís Freire à frente da seleção de sub-21, orientada nos últimos 14 anos e meio por Rui Jorge, Portugal visita a Escócia, derrotada fora pela no arranque República Checa (2-0).
“O adversário pode utilizar dois sistemas, o ‘3-4-3’ ou o ‘3-5-2’, e pressionar com dois avançados ou com três jogadores na frente. A Escócia está sempre à procura de uma construção apoiada para, depois, conseguir explorar as costas [da defesa contrária]. Temos de ter atenção na recuperação defensiva. Acredito que seja um jogo de quase tudo ou nada para eles, na perspetiva de não perderem o comboio das seleções que se podem apurar para o Europeu. Para nós, também é um jogo muito importante, porque queremos dar sequência à vitória que tivemos e fazer seis pontos em dois jogos”, enquadrou.
Satisfeito pelo desempenho diante do Azerbaijão e pelas relações criadas entre jogadores e equipa técnica, Luís Freire está a viver o primeiro estágio pelo conjunto de ‘esperanças’, que aterrou no domingo na Escócia e treinou hoje no Estádio Fir Park, em Motherwell.
“É intenso. São poucos dias para passar várias ideias, mas está a ser muito positivo. Os jogadores esforçam-se para aceder ao que vamos dizendo a nível de disciplina e compromisso no trabalho, porque há pouco tempo e temos de estar concentrados”, avaliou.
Suplente utilizado na sexta-feira, o médio ofensivo Gustavo Sá disse estar a lutar para ser titular por Portugal, que soma os mesmos três pontos de Bulgária e República Checa na frente do Grupo B de acesso ao Europeu de sub-21, contra nenhum de Escócia, Gibraltar e Azerbaijão.
“As expectativas são sempre altas. Vai ser um jogo completamente diferente do anterior. Jogaremos fora, contra uma equipa mais intensa e organizada, e sabemos que será difícil, mas a nossa missão é alcançar os seis pontos nestes dois jogos [em setembro]”, frisou.
Gustavo Sá, de 20 anos, elogiou o primeiro contacto dos jogadores com a nova equipa técnica, que o designou como capitão, num ciclo em que Portugal persegue a 11.ª presença, e quarta consecutiva, em Campeonatos da Europa de ‘esperanças’.
“É um papel que exige responsabilidade. Claro que estou feliz e orgulhoso por ser um dos capitães, mas acaba por ser um bocado do mesmo. Sempre tive esse papel dentro de mim e não é nada que possa retirar o foco do que mais quero fazer, que é ajudar a seleção”, notou o jogador do Famalicão, que participou na fase final de 2025, com os lusos a serem eliminados nos quartos de final pelos Países Baixos, antes da saída de Rui Jorge.
Portugal, finalista derrotado em 1994, 2015 e 2021, visita a Escócia na terça-feira, às 19:00, no Estádio Fir Park, em Motherwell, em jogo da segunda de 10 jornadas do Grupo B de qualificação para o Europeu de sub-21, sob arbitragem do eslovaco Michal Ocenás.
Os vencedores das nove ‘poules’ e o melhor segundo classificado acedem diretamente à fase final da prova, cuja 26.ª edição vai ser coorganizada por Albânia e Sérvia em 2027, enquanto os restantes oito vice-líderes avançarão para os play-offs.
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