LUCROS DA COFINA SOBEM 15% PARA 7,2 MILHÕES DE EUROS EM 2019

LusaRedação, 13 mar 2020 (Lusa) — A Cofina, que detém o Correio da Manhã e a CMTV, registou, em 2019, um resultado líquido de 7,2 milhões de euros, um valor 15,3% acima do obtido em 2018, numa base comparável, “excluindo operações descontinuadas”, segundo um comunicado.

Na nota, o grupo explica ainda que, incluindo estas operações, o aumento dos lucros foi de 7,5%, em termos homólogos.

“O resultado líquido das operações descontinuadas, em 2018, reflete a alienação ocorrida no final de 2018, da operação que o grupo Cofina detinha no Brasil, através da subsidiária AdCommedia e da associada Destak Brasil”, detalha a Cofina.

As receitas operacionais do grupo, que detém outros títulos como o Jornal de Negócios e a Sábado, caíram 1,4% para 88,02 milhões de euros em 2019, ainda que no quarto trimestre de 2019 tenham crescido em 1%, sobretudo graças ao marketing alternativo.

O EBITDA (resultados antes de impostos, juros, amortizações e depreciações) consolidado da empresa “ascendeu a cerca de 16,8 milhões de euros, o que reflete um crescimento de cerca de 19%”, face ao período homólogo, anunciou a empresa.

Os custos operacionais, por sua vez, reduziram-se em 5,2% para 71,3 milhões de euros.

No comunicado, a empresa deu ainda conta de que as receitas totais da CMTV ascenderam a cerca de 4 milhões de euros, um crescimento de 10%, no terceiro trimestre.

Já no segmento da imprensa, que engloba as publicações em papel detidas pela Cofina e as receitas provenientes do mercado digital, “as receitas totais foram de cerca de 18,9 milhões de euros, o que representa um decréscimo de cerca de 1% face ao período homólogo do ano anterior”.

O grupo adiantou ainda que em 31 de dezembro de 2019, a sua dívida líquida nominal “era de 44,9 milhões de euros o que corresponde a um aumento de 5,2 milhões de euros” face a igual período de 2018, e que está “relacionado com o caucionamento de um montante de 10 milhões de euros no contexto do contrato de compra e venda celebrado em 20 de setembro de 2019” com a Prisa para a compra da Media Capital.

A Cofina anunciou no dia 11 de março que tinha desistido de comprar o grupo após falhar a operação de aumento de capital, mas hoje admitiu voltar à mesa de negociações e defendeu que não teria que pagar os 10 milhões de euros à Prisa.

ALYN // MSF

Lusa/Fim