Imigrantes em Cabo Verde enviaram menos 8,3% de remessas em 2020

Praia, 20 mai 2020 (Lusa) – As remessas enviadas pelos imigrantes em Cabo Verde para os países de origem caíram 8,3% em 2020, para 2.788 milhões de escudos (25 milhões de euros), segundo dados de um relatório estatístico do banco central cabo-verdiano.

De acordo com o documento, a que a Lusa teve hoje acesso, as remessas enviadas pelos imigrantes em Cabo Verde recuaram face aos 3.093 milhões de escudos (27,8 milhões de euros) em 2019 e quase 2.983 milhões de escudos (26,8 milhões de euros) em 2018.

Em pleno ano marcado pelas consequências económicas da pandemia de covid-19, também em Cabo Verde, com a paragem quase total do turismo, setor que garante 25% do Produto Interno Bruto do país, os imigrantes portugueses foram os que mais remessas enviaram para os países de origem em 2020, com 928,4 milhões de escudos (8,3 milhões de euros), ainda assim menos quase 4% face a 2019.

Seguiram-se os senegaleses, que aumentaram essas remessas no ano passado para 369,7 milhões de escudos (3,3 milhões de euros), enquanto os imigrantes da Guiné-Bissau, a maior comunidade estrangeira a trabalhar no arquipélago, enviaram remessas de 119 milhões de escudos (um milhão de euros).

Os imigrantes dos Estados Unidos em Cabo Verde enviaram 206,7 milhões de escudos (1,8 milhões de euros) em remessas, uma quebra superior a 36% face a 2019.

De acordo com o relatório estatístico de 2019, as remessas dos portugueses que trabalham em Cabo Verde já tinham diminuído 10%, face ao ano anterior, para 965,9 milhões de escudos (8,7 milhões de euros). Em 2018, esse registo foi de 1.224,7 milhões de escudos (11,1 milhões euros), em 2017 de 1 073,6 milhões de escudos (9,7 milhões de euros) e em 2016 de 828,7 milhões de escudos (7,5 milhões de euros).

Segundo dados da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal, a comunidade portuguesa em Cabo Verde desenvolve atividades nas áreas do comércio, incluindo a distribuição alimentar e de bebidas, na hotelaria e restauração, na construção civil e metálica, entre outros.

PVJ // VM

Lusa/Fim