
A ameaça dos direitos aduaneiros a ser impostos por Donald Trump ao Canadá não desvaneceu com o anúncio do adiamento da data de início. O Governo canadiano não suspendeu as negociações com o Presidente dos Estados Unidos da América (EUA), com o objetivo esperançoso de convencer Trump a abandonar definitivamente a ideia de aplicação das tarifas.
O ministro da Energia e dos Recursos Naturais, Jonathan Wilkinson, o ministro da Indústria, François-Philippe Champagne, e o ministro da Defesa, Bill Blair, deslocaram-se na primeira semana de fevereiro à capital dos EUA para defender que o Canadá não deve ser arrastado para uma guerra comercial.
Durante a semana, reuniram-se com senadores e congressistas, assim como legisladores republicanos e grupos empresariais em Washington.
Além disso, o primeiro-ministro Justin Trudeau anunciou o acolhimento de uma cimeira económica Canadá-EUA, pelo Governo canadiano, a 7 de fevereiro, em Toronto. O encontro foi marcado com o objetivo de aumentar o investimento e aliviar as barreiras comerciais internas.
Foram convidados para a cimeira líderes canadianos nos domínios do comércio, das empresas, das políticas públicas e do trabalho organizado.
O anúncio da cimeira surgiu após uma chamada virtual com os premiers a 5 de fevereiro, na qual participaram também o ministro das Finanças, Dominic LeBlanc, a ministra do Comércio Interno, Anita Anand, e a embaixadora do Canadá nos EUA, Kirsten Hillman.
Após a cimeira de 7 de fevereiro, os premiers canadianos também se deslocarão a Washington para defender os interesses do Canadá nas negociações.
Enquanto isso, Trudeau viaja para Paris e Bruxelas, onde se reúne com os líderes europeus e com o chefe da NATO, numa altura em que o Canadá se aproxima dos aliados que estão a sofrer o impacto da nova administração Trump nos EUA. Trudeau também participa na Cimeira Internacional sobre Inteligência Artificial, em Paris.
