Governo timorense retira comércio ilegal das ruas de Díli

Díli, 17 abr 2024 (Lusa) — O Governo de Timor-Leste iniciou uma limpeza em vários bairros de Díli para acabar com o comércio não autorizado no espaço público, levando os comerciantes ao desespero, alegando ser o seu único meio de sobrevivência.

A secretaria de Estado dos Assuntos da Toponímia e da Organização Urbana iniciou na terça-feira a demolição de dezenas de barracas em vários bairros de Díli construídas ilegalmente no espaço público, privando as pessoas das suas habitações e dos seus postos de trabalho.

As pessoas visadas pela decisão do Governo confirmaram aos jornalistas ter sido notificadas há mais de um mês, mas acusam o Governo de falta de diálogo.

Questionada sobre esta operação, após um encontro com o chefe de Estado, José Ramos-Horta, a presidente do parlamento timorense, Fernanda Lay, disse que defende o povo, “mas o povo tem de ir para locais permitidos e não perturbar a ordem pública e não viver junto às valetas”.

A intervenção do Governo ocorreu em Kampu Alor, Aitarak e Bidau.

O secretário de Estado dos Assuntos da Toponímia e da Organização Urbana, Germano Santos Brites, explicou, citado pela agência de notícias timorense, Tatoli, que em Aitarak, por exemplo, a construção ilegal cortou a via pública e que falaram na semana passada com as pessoas que cooperaram com as autoridades.

O governante explicou também que as demolições estão a ser feitas no âmbito do programa do executivo, que prevê a organização da cidade de Díli, recusando que estejam relacionadas com a visita do Papa Francisco, em 09, 10 e 11 de setembro.

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