GOVERNO MOÇAMBICANO PREVÊ AUMENTO DO PIB DE 2,1% E INFLAÇÃO DE 5% EM 2021

Maputo, 22 set 2020 (Lusa) – O Conselho de Ministros de Moçambique previu hoje um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2,1% e uma taxa de inflação de 5% para 2021.

Os valores do PIB e da inflação assumidos pelo Governo moçambicano para o próximo ano constam das propostas do Plano Económico e Social (PES) e do Orçamento do Estado (OE) que o executivo vai submeter à Assembleia da República para aprovação.

O porta-voz do Conselho de Ministros, Filimão Suaze, que anunciou os números no final da sessão do órgão, avançou que o PES prevê que o volume de exportações de bens ultrapasse 3,7 mil milhões de dólares (3,1 mil milhões de euros) em 2021.

O Governo compromete-se a constituir reservas internacionais líquidas acima de 3,27 mil milhões de dólares (2,79 mil milhões de euros), um valor apto a cobrir quase sete meses de importações de bens e serviços, adiantou Filimão Suaze.

Filimão Suaze não adiantou os volumes da receita e da despesa inscritas para o OE do próximo ano.

Ainda na sessão de hoje, o Conselho de Ministros aprovou a proposta de lei que introduz alterações ao Sistema de Administração Financeira do Estado (Sistafe), visando “a adoção de princípios, processos e procedimentos mais eficazes na administração do erário público”.

As mudanças pretendem igualmente adaptar o Sistafe às boas práticas internacionais.

A economia de Moçambique contraiu-se 3,25% no segundo trimestre face ao mesmo período do ano passado, tendo piorado o crescimento de 1,68% registado no primeiro trimestre, segundo revelou o Instituto Nacional de Estatística (INE) em agosto.

A consultora Oxford Economics considerou na altura que a queda demonstra uma resistência acima das previsões na construção e agricultura, devendo levar à revisão em alta dos 2,8% de recessão previstos.

Outra consultora, a Fitch Solutions, foi mais otimista, considerando que Moçambique será o único país da África Austral a evitar uma recessão este ano, registando um crescimento do PIB de 0,2%, ainda assim o mais baixo dos últimos 30 anos.

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