O patriotismo no Canadá voltou a afirmar-se, desta vez no sector militar.
No último ano, cerca de 7 mil pessoas alistaram-se no exército canadiano. O valor ultrapassou o objetivo de recrutamento das Forças Armadas Canadianas (CAF) e atingiu um número máximo de 10 anos de alistamento.
Os novos dados indicam que mais recrutas se estão a alistar, numa altura em que a soberania canadiana está no centro das atenções e em que o primeiro-ministro Mark Carney prometeu reconstruir as forças armadas e reduzir a dependência dos Estados Unidos da América (EUA).
Para o governo, este aumento de alistamentos é um sinal de algum progresso numa crise de recrutamento que o anterior ministro da defesa descreveu como uma “espiral de morte”. No entanto, reconhecem que continuam a existir problemas significativos com a retenção.
O comandante Pascal Belhumeur, chefe do grupo de geração de pessoal das forças armadas, não relacionou o aumento diretamente com a retórica de anexação do Presidente dos EUA, Donald Trump. Contudo, reconheceu que podem ser fatores do aumento a incerteza económica, os esforços de publicidade e um número crescente de canadianos que refletem sobre “quem somos como país”.
Belhumeur atribuiu ainda o aumento do número de candidatos aos esforços de modernização e ao alargamento da elegibilidade.
A CAF alargou recentemente a elegibilidade para incluir residentes permanentes e alterou as normas médicas, permitindo que pessoas com asma, alergias, ansiedade e TDAH se possam candidatar.