EXXONMOBIL APOIA AGRICULTURA EM COMUNIDADES DA PROVÍNCIA MOÇAMBICANA DE CABO DELGADO

Maputo, 13 ago 2020 (Lusa) – A petrolífera norte-americana ExxonMobil vai disponibilizar 400 mil dólares (338 mil euros) para apoiar projetos comunitários de agricultura na província de Cabo Delgado, no norte de Moçambique.

“Estamos comprometidos em apoiar os planos de desenvolvimento comunitário e diversificação económica de Moçambique”, disse Jos Evens, diretor geral da ExxonMobil Moçambique, citado hoje numa nota distribuída à comunicação social.

O investimento de 338 mil euros para projetos comunitários naquela província é feito pela ExxonMobil em representação dos parceiros da Área 4, um dos consórcios que explorar gás natural na bacia do Rovuma, norte do país.

O primeiro projeto, com o objetivo de promover avanços na produção agrícola em Palma-Sede, na província de Cabo Delgado, visa reduzir, para pequenos agricultores, a “dependência às condições climáticas” para plantar , através da construção de túneis de horticultura e do fornecimento de suprimentos para sistemas de irrigação por gotejamento, que ajudarão na produção de uma ampla variedade de produtos para o mercado local.

Para a empresa, a melhoria das técnicas de cultivo vai permitir que as comunidades reduzam a “quantidade de tempo que passam nos campos, melhorando a qualidade, diversidade e confiabilidade das suas culturas”, explicou o diretor.

O segundo projeto, a ser implementado em Senga, também em Cabo Delgado, visa ensinar técnicas de produção de mel às comunidades.

Segundo a nota, um carpinteiro local vai ser treinado para construir colmeias para 40 agricultores, o que permitirá a produção de mel para o consumo e para a venda.

“A produção de mel não requer limpeza da terra e, portanto, cria uma fonte de rendimento, enquanto conserva recursos florestais valiosos”, referiu Jos Evens, acrescentando que com o desenvolvimento de projetos na região, “haverá exigências crescentes para serviços de catering, hotéis, apartamentos e residentes”.

Segundo dados da empresa, desde 2017, a ExxonMobil investiu mais de seis milhões de dólares (5 milhões de euros) em todo o país em programas comunitários nas áreas de saúde, educação, empoderamento da mulher, agricultura e conservação.

A petrolífera norte-americana lidera com a italiana Eni o consórcio de exploração de gás natural da Área 4 da bacia do Rovuma, ao largo da costa de Cabo Delgado, Norte de Moçambique.

A Área 4 é operada pela Mozambique Rovuma Venture (MRV), uma ‘joint venture’ em co-propriedade da ExxonMobil, Eni e CNPC (China), que detém 70% de interesse participativo no contrato de concessão.

A portuguesa Galp, a KOGAS (Coreia do Sul) e a Empresa Nacional de Hidrocarbonetos (Moçambique) detêm cada uma participações de 10%.

No início do mês de abril, a ExxonMobil anunciou oficialmente o adiamento, sem prazo, da decisão final de investimento para o seu megaprojeto de gás natural na área.

O adiamento deve-se a um corte em 2020 nas despesas de capital em 30% e nas despesas operacionais em 15% devido à queda dos preços do petróleo e derivados, provocada pelo excesso de oferta e baixa procura em consequência da pandemia de covid-19.

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