ELEIÇÕES: PURP PROMETE RESOLVER PROBLEMA DOS COMBATENTES DO ULTRAMAR

LusaLisboa, 07 set 2019 (Lusa) — O Partido Unido dos Reformados e Pensionistas (PURP), que se apresenta como “um partido de causas e virado para as pessoas mais desfavorecidas”, candidata-se às eleições legislativas para resolver o problema dos combatentes do Ultramar.

“A nossa bandeira é a defesa dos combatentes para que tenham um estatuto digno e que sejam realmente considerados pessoas que a pátria deve apadrinhar. Isto é a primeira questão, ainda há 600 mil vivos. Se esses todos votarem em nós, de certeza que o problema dos combatentes será resolvido”, disse o presidente do PURP e cabeça de lista por Lisboa, em entrevista à agência Lusa.

Fernando Loureiro garante que, caso o PURP consiga chegar à Assembleia da República depois das eleições de 06 de outubro, os combatentes do Ultramar vão ter o seu estatuto.

“Não vamos dar tréguas. É uma das nossas causas porque eles também são reformados”, afirmou, sublinhando que os combatentes do Ultramar “foram ostracizados, humilhados e até quase considerados como traidores pelos governos de então e até agora”.

Fernando Loureiro espera que o PURP consiga eleger dois deputados nas próximas legislativas e até já fez contas: “São 600 mil os reformados, que por acaso são combatentes do ultramar. Se 10% desses 600 mil votar, mais os cônjuges e os filhos, temos representantes na Assembleia da República”.

O PURP defende também o aumento do salário mínimo nacional para os 850 euros e a melhoria do Serviço Nacional de Saúde (SNS).

“Agora o PCP parece que nos está a imitar. Em 2015 pedíamos isso no nosso programa, que era o aumento do salário mínimo nacional para 850 euros”, disse, criticando a situação atual no Serviço Nacional de Saúde, sublinhando que se demora um ano à espera por uma consulta da especialidade e mais de dois anos por uma cirurgia.

Questionado sobre o Governo de António Costa e a solução de apoio parlamentar nos partidos de esquerda, Fernando Loureiro considerou que “foi tudo um jogo de interesses” e “uma fantochada”.

“O Governo do senhor Costa diz que devolveu rendimentos às pessoas e, então, os dois milhões e tal de pessoas que vivem abaixo do limiar da pobreza? Então o um milhão e tal de trabalhadores a ganhar 600 euros por mês e trabalham no duro oito a 10 horas por dia? Isto é que é ganho de rendimentos? Devolver rendimentos é uma falácia”, sustentou.

O PURP, que se candidata pela segunda vez às legislativas, concorre a 19 círculos eleitorais, ficando de fora Vila Real, Beja e Açores.

“Tal como em 2015, vamos tentar que os mais desfavorecidos e vulneráveis tenham efetivamente uma voz própria”, realçou, garantindo que, caso consigam lugares na Assembleia da República, “uma parte do dinheiro terá como destino um fundo para ajudar as pessoas”.

Com um orçamento de 1500 euros, o candidato do PURP criticou ainda os gastos dos partidos políticos na campanha e defendeu a existência de uma “verba única”.

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