
Coimbra, 19 set (Lusa) — Uma equipa da Universidade de Évora alertou hoje que o desassoreamento do rio Mondego, em Coimbra, e a construção de um açude no Vouga, em Aveiro, ameaçam os peixes migradores e os investimentos na sua conservação.
“Há formas de compatibilizar as coisas”, minimizando o impacto das intervenções, disse à agência Lusa o investigador Pedro Raposo de Almeida, estimando que “quase 10 milhões de euros”, aplicados nos últimos anos em projetos de conservação da fauna piscícola dos dois rios “estarão perdidos” se não forem adotadas medidas preventivas.
O desassoreamento da albufeira de Coimbra, no Mondego, “potencia um conjunto de impactos negativos sobre as espécies migradoras”, como o sável, a enguia e a lampreia-marinha, “pondo em causa o trabalho de reabilitação” do habitat, sublinhou.