Lisboa, 11 mar (Lusa) — O constitucionalista Jorge Miranda defendeu hoje que os deputados da nova comissão de inquérito têm direito a conhecer as comunicações do antigo presidente da Caixa Geral de Depósitos com o ministro das Finanças, mantidas no exercício de funções públicas.
A nova comissão de inquérito sobre a Caixa Geral de Depósitos (CGD), que toma posse na terça-feira, foi pedida de forma potestativa (obrigatória) pelo PSD e pelo CDS-PP e tem como objetivo apreciar a contratação, gestão e saída do anterior presidente do banco público, apesar de não haver qualquer referência direta no objeto às comunicações entre António Domingues e o ministro das Finanças, Mário Centeno.
Contactado pela agência Lusa, o constitucionalista Jorge Miranda não tem qualquer dúvida de que estas comunicações possam ser conhecidas “pelos deputados no âmbito da comissão de inquérito”.