
A carteira dos canadianos será provavelmente vítima da guerra comercial com os Estados Unidos da América (EUA), com os preços dos bens de consumo, incluindo bens alimentares, eletrodomésticos e veículos, a aumentarem potencialmente nas próximas semanas, segundo analistas financeiros.
A guerra comercial teve início a 4 de março, quando Donald Trump implementou tarifas de 25% sobre importações canadianas e mexicanas, e de 10% sobre a energia canadiana, e em retaliação o Canadá aplicou tarifas de 25% sobre 30 mil milhões de dólares em produtos dos EUA.
Os preços dos produtos alimentares podem ser os primeiros a ser afetados, uma vez que são perecíveis e só podem ser armazenados durante um período relativamente curto, segundo os analistas.
Os analistas acrescentam ainda que é expectável que os canadianos verifiquem uma menor seleção de bens, uma vez que a importação de produtos dos EUA pode abrandar.
Alguns dos bens visados pelas retaliações do Canadá incluem carne e produtos lácteos, frutas e legumes, materiais de construção em plástico, vários artigos de vestuário, madeira e outros produtos de madeira, e eletrodomésticos de cozinha.
Até ao fecho desta peça, não foi possível apurar em que medida os preços vão aumentar, estando, segundo os analistas, tudo dependente da forma como os custos serão absorvidos, o que pode incluir a redução dos custos de produção, do emprego ou da margem de lucro das empresas.
Para além da subida dos preços nos supermercados, são esperados aumentos nos produtos eletrónicos, computadores e outros produtos de consumo que são enviados ou provenientes dos EUA.
O preço das bebidas alcoólicas provenientes dos EUA também vai aumentar, pelo que é de esperar que os restaurantes e bares também aumentem os seus preços.
Quanto à indústria automóvel, é de esperar um aumento dos preços dos veículos novos, devido à sujeição das componentes de fabrico às tarifas.