Congresso promete enviar hoje pacote orçamental para aprovação de Trump

Washington, 03 jul 2025 (Lusa) — A Câmara dos Representantes deverá enviar hoje ao Presidente dos Estados Unidos o pacote legislativo orçamental batizado por Donald Trump como “a grande e bela lei”, para ser assinada na data pretendida: 4 de julho, Dia da Independência.

Depois de ter sido alvo de muitas alterações, o documento aprovado pelo Senado passou a enfrentar o descontentamento de vários congressistas republicanos.

No entanto, o documento deverá ser aprovado hoje pela Câmara dos Representantes, como avançou o presidente deste órgão, Mike Johnson, na sequência de um trabalho diplomático feito durante a noite de quarta-feira com a ajuda de Donald Trump.

Durante a noite de trabalho, os líderes republicanos mantiveram a votação aberta durante quase seis horas, enquanto trabalhavam para obter 12 votos.

Com alguns telefonemas feitos diretamente pelo Presidente para os congressistas mais relutantes em assinar a lei, o projeto acabou por conseguir reunir os votos suficientes, ficando apenas com um “não” da parte do congressista Brian Fitzpatrick (Republicano da Pensilvânia).

Trump tinha marcado o Dia da Independência dos Estados Unidos — 04 de julho, sexta-feira — como data limite para a aprovação da lei, devendo receber o documento para assinar em “até daqui a duas horas”, de acordo com declarações do líder da maioria republicana na Câmara, Steve Scalise, à televisão Fox News.

O pacote estende os cortes de impostos do primeiro mandato de Trump (2017-2021), aumenta as despesas com a defesa e o controlo da imigração e reduz programas de assistência como o Medicaid.

As dúvidas suscitadas pelos senadores republicanos tinham precisamente a ver com os cortes nos programas sociais e o impacto fiscal, já que o plano aprovado a 22 de maio pelos Representantes custaria à dívida pública um valor estimado em 2,4 biliões de dólares (cerca de dois biliões de euros) na próxima década, de acordo com o gabinete de Orçamento do Congresso.

O projeto do Senado aumenta ainda mais o défice do que a versão da Câmara, devido às alterações entretanto introduzidas.

Estimativas independentes apontam que a dívida dos Estados Unidos possa crescer em 3,3 biliões de dólares (quase 3 biliões de euros ao câmbio atual) ao longo da década.  

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