
Maputo, 19 dez 2025 (Lusa) — A companhia Linhas Aéreas de Moçambique anunciou hoje o reforço da frota de aviões, com um Airbus A319 de 148 lugares, com o objetivo de melhorar a capacidade operacional face ao aumento da procura.
A Linhas Aéreas de Moçambique (LAM) “passou a integrar na sua frota uma aeronave do tipo Airbus A319, com capacidade para 148 passageiros, em regime de aluguer, com o objetivo de reforçar a capacidade operacional, principalmente face ao aumento da procura durante o período das festas de Natal e fim do ano”, refere a companhia em comunicado.
Com a incorporação de mais uma aeronave, a empresa prevê reduzir a incidência de atrasos e cancelamentos de voos, assegurando maior regularidade das operações e uma experiência de viagem mais confortável e fiável para os seus passageiros.
“Com esta operação, a companhia passa a dispor de sete aeronaves na sua frota operacional, número que permite responder de forma mais eficaz às necessidades atuais do mercado”, disse, reafirmando “o compromisso com a melhoria contínua da experiência do passageiro e com o reforço da confiança no serviço público de transporte aéreo nacional”.
Em 15 de dezembro, a LAM anunciou a aquisição de “dois aviões próprios” Embraer 190, avaliados em 21 milhões de euros, considerando o feito um “pequeno passo” para a empresa, mas “um grande passo” para o país.
As aeronaves, de 100 lugares, custaram 25 milhões de dólares (21 milhões de euros) e estão certificadas no nível “‘standard’ europeu”, garantiu Langa, acrescentando que “voavam na Holanda (…) e têm todas as manutenções feitas”.
Segundo o ministério moçambicano, a companhia conta, atualmente, com seis aeronaves, das quais cinco alugadas e um Bombardier Q400 recentemente adquirido, a primeira em 18 anos.
Em 23 de setembro, o Governo moçambicano reconheceu dificuldades na reestruturação da LAM, mas sublinhou que o objetivo é garantir uma companhia funcional e segura, com a previsão, na altura, de aquisição de cinco aeronaves até dezembro.
A LAM enfrenta há vários anos problemas operacionais relacionados com uma frota reduzida e falta de investimentos, com registo de alguns incidentes, não fatais, associados por especialistas à deficiente manutenção das aeronaves, estando atualmente num profundo processo de reestruturação.
A estatal moçambicana deixou praticamente de realizar voos internacionais já este ano, concentrando-se nas ligações internas, no âmbito do processo de reestruturação que levou também à entrada de uma nova administração em maio e das empresas públicas Hidroelétrica de Cahora Bassa (HCB), CFM e Empresa Moçambicana de Seguros (Emose), como acionistas.
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