Bruno Monteiro e João Paulo Santos nomeados para Prémios Internacionais de Música Clássica

Luxemburgo, 13 nov 2025 (Lusa) – O álbum do violinista Bruno Monteiro e do pianista João Paulo Santos dedicado às Sonatas de Sergei Prokofiev está entre os nomeados, hoje anunciados, para os Prémios Internacionais de Música Clássica, a entregar em março de 2026.

Os dois músicos portugueses são candidatos a finalistas na categoria de Música de Câmara com a gravação das “Sonatas N.ºs 1 & 2 for violin and piano and Five Melodies Op. 35bis”, de Prokofiev, publicada este ano pela editora belga-neerlandesa Etcetera Records, segundo a lista hoje divulgada pelos International Classical Music Awards (ICMA), sediados no Luxemburgo.

Esta é a segunda nomeação consecutiva dos dois músicos portugueses, depois de no ano passado terem sido candidatos ao prémio de melhor álbum de música de câmara dos ICMA, com “Music for violin and piano — 20th Century and Forward” (“Música para violino e piano do século XX e depois”), dedicado a obras de Edward Elgar, Claude Debussy e Maurice Ravel, a par de inéditos do português Luiz Barbosa e do britânico Ivan Moody.

O violinista Bruno Monteiro e o pianista e regente João Paulo Santos, que fez parte da direção artística do Teatro Nacional de São Carlos, têm uma discografia conjunta iniciada há mais de duas décadas, marcada por compositores como César Franck, Gabriel Fauré, Maurice Ravel, Karol Szymanowski, Erwin Schulhoff, Igor Stravinsky, Erich Korngold e Heitor Villa-Lobos, sem esquecer os portugueses Luís de Freitas Branco, Fernando Lopes-Graça, Óscar da Silva e Armando José Fernandes.

Na categoria de música de câmara, entre os candidatos a finalistas da próxima edição dos ICMA contam-se também agrupamentos como o Danel Quartet, vencedor no ano passado com os Quartetos de Dmitri Shostkovich e que este ano concorre com a gravação dos Quartetos de Prokofiev, o Belcea Quartet, com obras de Debussy e Szymanowski, o Quarteto Alban Berg, com “Livre”, de Pierre Boulez, o Quatuor Molinari, com peças de Luciano Berio, e o Pavel Haas Quartet, com obras de Martinu.

As nomeações na área de vídeo contemplam o documentário “The Alchemy of the Piano”, de Jan Schmidt-Garre, dedicado a grandes pianistas como Alfred Brendel e Maria João Pires.

O universo de mais de 300 nomeados para as 25 categorias dos prémios a entregar em março de 2026 inclui ainda músicos e formações como Jordi Savall, La Capella Reial de Catalunya e Le Concert des Nations, La Stagione Armonica e Ottavio Dantone, o cravista e regente Christophe Rousset, os pianistas Javier Perianes, Daniil Trifonov, Leif Ove Andsnes e Pierre-Laurent Aimard, o agrupamento Phantasm, a violinista Rachel Podger, a Orquestra Sinfónia da Rádio Berlim, a Sinfónica de Boston e a Royal Concertgebouw Orchestra, os maestros Paavo Järvi e Simon Rattle, e o pianista e regente François-Xavier Roth.

No ano passado, além de Bruno Monteiro e João Paulo Santos, esteve também nomeado para os ICMA, na área de música antiga, o álbum “Ad Tenebras”, da Capella Sanctae Crucis e Tiago Simas Freire, editado pela Artway, no contexto do projeto de investigação Mundos e Fundos, do Centro de Estudos Clássicos e Humanísticos da Universidade de Coimbra.

Os ICMA nasceram dos antigos prémios Midem Classical Music e assentam num júri de críticos oriundos de publicações e estações de rádio e televisão especializadas, que vão proceder a mais duas rondas de votações até serem encontrados os vencedores de cada uma das 25 categorias, entre as 16 “clássicas” (música barroca, instrumental, orquestral, coral, ópera, etc.) e os prémios de carreira, descoberta, de artista e compositor do ano.

A gala de entrega dos prémios realizar-se-á em 18 de março de 2026, na Konzerthalle de Bamberg, na Alemanha, assinalando o 80.º aniversário da Orquestra Sinfónica de Bamberg.

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