
Paris, 15 set 2022 (Lusa) – O artista dissidente chinês Ai Weiwei, o cineasta alemão Wim Wenders, e o pianista polaco Krystian Zimerman fazem parte dos laureados com o Praemium Imperiale do Japão, considerado o “Nobel das Artes”, foi hoje anunciado pela organização.
O prémio — que abrange as categorias de pintura, escultura, arquitetura, cinema, música e teatro — é da iniciativa da Japan Art Association, em parceria com a família real japonesa.
Entre os distinguidos estão também o pintor italiano Giulio Paolini, e os arquitectos japoneses Kazuyo Sejima e Ryue Nishizawa, do atelier SANA, laureados em 2010 com o Prémio Pritzker de arquitetura.
Desde a sua criação, em 1988, o galardão já distinguiu 164 artistas, entre os quais o cineasta Jean-Luc Godard, que morreu na passada terça-feira, e o pintor e fotógrafo David Hockney.
Ai Weiwei, artista pluridisciplinar conhecido pelas suas performances artísticas políticas que questionam a ordem estabelecida, esteve detido na China em 2011, pelas suas tomadas de posição antiautoritárias.
Após ter vivido nos Estados Unidos, o artista chinês — que venceu na categoria de escultura — vive atualmente em Portugal, numa quinta no Alentejo.
O realizador alemão Wim Wenders, distinguido na categoria cinema, é, nomeadamente, autor da longa metragem “As Asas do Desejo” e um dos pioneiros do novo cinema alemão dos anos 1970, que rodou em Portugal os filmes “Estado das Coisas”, “Até ao Fim do Mundo” e “Lisbon Story — Viagem a Lisboa”.
A cerimónia de entrega acontece tradicionalmente em outubro, em Tóquio, e cada premiado recebe cerca de 105 mil euros.
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