Pogacar prefere inédito triunfo no Paris-Roubaix a uma quinta vitória no Tour

Benidorm, Espanha, 13 dez 2025 (Lusa) – O ciclista esloveno Tadej Pogacar (UAE Team Emirates) pôs hoje um inédito triunfo na clássica Paris-Roubaix no topo das preferências para 2026, priorizando-o face a uma quinta vitória, e terceira seguida, na Volta a França.

“Se pudesse, escolhia vencer o Paris-Roubaix, pois já ganhei o Tour por quatro vezes. A diferença [a nível de triunfos] entre zero e um é mais significativa do que entre quatro e cinco”, disse o líder da equipa dos Emirados Árabes Unidos, dos portugueses João Almeida, Rui Oliveira, Ivo Oliveira e António Morgado.

Tadej Pogacar, de 27 anos, falava em conferência de imprensa à margem do estágio da UAE Emirates em Espanha, tendo revelado os objetivos para a próxima época, que são repetir os êxitos de 2020, 2021, 2024 e 2025 no Tour e, sobretudo, obter inéditas vitórias no Paris-Roubaix e Milão-Sanremo, dois ‘monumentos’ nos quais foi segundo e terceiro em 2025.

“Se vencer em Sanremo e Roubaix, terei conquistado praticamente tudo, mas há sempre algo mais e coisas para tentar vencer em diferentes contextos. Ainda não venci a Volta a Espanha”, lembrou, afastando, para já, um regresso à última Grande Volta do calendário.

Além das quatro vitórias no Tour e do único triunfo na Volta a Itália (2024), ‘Pogi’ venceu três dos cinco monumentos anuais: a Volta a Flandres (2023 e 2025), a Liège-Bastogne-Liège (2021, 2024 e 2025) e a Volta à Lombardia (2021, 2022, 2023, 2024 e 2025), num palmarés ainda com dois títulos mundiais (2024 e 2025) e um europeu (2025) de estrada.

“O tempo passa rápido e talvez não haja tanto espaço para tentar ganhar tudo. Não sou obcecado, simplesmente gosto de voltar a essas corridas e tentar vencê-las, até porque ainda não o fiz”, analisou, convicto de que “não precisa de melhorar” para atingir as suas metas e que ficará satisfeito se preservar o nível, por entre elogios à equipa emiradense.

Pogacar deve iniciar a próxima época em 08 de março, na clássica Strade Bianche, que conquistou por três vezes, seguindo-se passagens por Milão-Sanremo, Flandres, Paris-Roubaix, Liège-Bastogne-Liège, tal como pelas Voltas à Romandia, à Suíça e a França.

Nessa preparação para o Tour, o esloveno vai ser ladeado pelo mexicano Isaac del Toro, segundo na última edição da Volta a Itália, em vez de João Almeida, que chefiará a UAE Emirates no Giro e na Vuelta, da qual foi ‘vice’ este ano, após desistir na Volta a França.

“O Tour é simplesmente a maior corrida do mundo”, vincou o ‘fenómeno’, que procurará igualar o recorde de cinco vitórias na Volta a França, que é partilhado pelo belga Eddy Merckx, os franceses Bernard Hinault e Jacques Anquetil e o espanhol Miguel Induráin.

 

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