
Maputo, 10 dez 2025 (Lusa) – O Presidente moçambicano, Daniel Chapo, disse hoje, em Roma, que o país continua a precisar do apoio da comunidade internacional, incluindo da congregação de Sant’Egídio, para garantir estabilidade e “verdadeira paz” em Moçambique.
Falando, em Roma, num encontro com o representante da comunidade de Sant’Egídio, congregação que acolheu, em 1992, as negociações que culminaram no acordo de paz que pôs termo à guerra civil em Moçambique, Chapo salientou que o país vai “continuar a precisar do apoio da comunidade internacional, em especial da comunidade Sant’Egídio”, para que “haja estabilidade económica, estabilidade social, estabilidade política, haja uma verdadeira paz, haja reconciliação, a comunhão, a fraternidade entre irmãos moçambicanos”.
O chefe de Estado moçambicano chegou hoje à capital italiana para uma visita de três dias.
Daniel Chapo sublinhou que Moçambique continua com o desafio de consolidação da paz, não obstante os esforços que o Governo tem realizado para assegurar estabilidade social.
O representante da comunidade de Sant’Egídio disse que a visita de Chapo a Roma abre uma nova página na cooperação e que vai permitir escrever “uma grande história”, reiterando o compromisso daquela congregação religiosa em continuar a apoiar a manutenção da paz em Moçambique e a prestação de cuidados a crianças que vivem com o VIH/SIDA.
No primeiro dia da visita a Roma, o Presidente moçambicano visitou o local onde decorreram as negociações que deram lugar à assinatura dos acordos de Roma, marcando o fim da guerra civil em Moçambique, também conhecida como a “Guerra dos 16 anos”, que decorreu entre 1977 e 1992, opondo o exército governamental e a Resistência Nacional moçambicana (Renamo).
O Acordo Geral de Paz foi assinado em 1992 — com a intervenção da comunidade de Sant’Egídio — entre o então Presidente Joaquim Chissano e Afonso Dhlakama, líder histórico da Renamo, e serviu como instrumento que permitiu o cessar-fogo.
SYCO (PVJ) // MLL
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