Moçambique espera aumentar produção de grafite para baterias de elétricos em 2026

Maputo, 04 dez 2025 (Lusa) – Moçambique prevê aumentar em 2026 a produção de grafite, destinado ao mercado de baterias de viaturas elétricas, para 14.814 toneladas, um valor ainda assim cerca de 10% abaixo da produção alcançada em 2022.

De acordo com um documento do Governo com as previsões do Plano Económico e Social e Orçamento do Estado (PESOE) de 2026, o crescimento de 10% face à previsão de 13.468 toneladas da produção estimada para este ano é justificado com o “início e consolidação das atividades de uma empresa licenciada na província de Niassa”, no norte do país.

Em 2022, a produção de grafite em Moçambique ascendeu a um recorde de 165,9 mil toneladas, mas no ano seguinte caiu para 97,3 mil toneladas e em 2024 recuou 64%, para 34,9 mil toneladas, devido à paralisação de produtoras.

As autoridades de Nipepe, província moçambicana do Niassa, divulgaram em maio último que esperam um impulso no desenvolvimento local com o então arranque das novas atividades de extração e processamento de grafite.

“Foi um longo tempo e de certa forma podia ter-se sentido alguma demora, mas o dia chegou. Vai mostrar e dar maior esperança aos moçambicanos de que aquelas mil vagas para os trabalhadores poderão ser concretizadas, porque foi a promessa da empresa, de que haveria esperança de empregar um bom número de jovens”, disse na altura à Lusa o administrador do distrito de Nipepe, Sérgio Igua.

Tratou-se, nessa altura, do primeiro processamento de grafite na província do Niassa, norte de Moçambique, que arrancou em 05 de maio com uma capacidade inicial de produção de 100 mil toneladas por ano, quantidade que deverá duplicar após a conclusão da segunda linha.

A exploração de grafite naquela região está sob responsabilidade da empresa chinesa DH Mining Development Limited, que planeia investir mais de 1.970 milhões de meticais (27,3 milhões de euros) nas operações de produção.

 

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